Pesquisa revela: menos de 50% das mulheres adotam sobrenome do marido em SP. Mudança reflete valorização da individualidade e autonomia feminina.
Uma pesquisa inédita dos Cartórios de Registro Civil de São Paulo revelou um novo comportamento nos relacionamentos amorosos. Dados mostram que, pela primeira vez na história, menos de 50% das mulheres adotam o sobrenome do marido durante uma união.
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O número de esposas que optam por manter o nome de solteira após o casamento também cresceu significativamente.
A pesquisa, iniciada em 2003, indica uma mudança na forma como os casais entendem o casamento e a construção de suas identidades civis. A escolha por manter o sobrenome de solteiro reflete relações mais igualitárias e uma maior valorização da individualidade de cada pessoa em relação à vida conjugal.
Em 2023, de 241.906 casamentos registrados no estado, apenas 120.195 apresentaram a adição do sobrenome do marido aos documentos.
Karine Boselli, vice-presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de São Paulo (Arpen-SP), destaca que a mudança representa um avanço na forma como os casais priorizam o afeto, a parceria, o cuidado e a corresponsabilidade. Ela afirma que, como mulher, entende a alteração como um reforço da autonomia sobre a própria história, trajetória profissional e identidade pessoal feminina.
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Alexander Bez, psicólogo que atua há duas décadas com relacionamentos e é especializado pela Universidade de Miami, reforça que a decisão deve ser exclusivamente da mulher, respeitando o que a faz sentir-se confortável e segura. Ele enfatiza que a estrutura emocional de homens com posturas violentas, possessivas ou excessivamente ciumentas não comporta a autonomia feminina.
Bez contextualiza a evolução dos casamentos, mencionando que muitos se formam sem laços emocionais profundos, sendo que há quem se case por impulso, por carência emocional, por medo da solidão, por depressão, por transtornos de dependência emocional ou por imposições familiares, sociais e até religiosas.
Em busca de respostas sobre como é trabalhar em casal, fomos conversar com Mariele Horbach e André Silveira, que administram uma rede de botecos cariocas em São Paulo há treze anos.
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