Reflexões sobre o Ritmo da Vida
Com a chegada de dezembro, muitos podem sentir um cansaço característico do final do ano. Essa época traz uma energia particular, que mistura a sensação de um fim de mundo com a pressa de resolver tudo antes do ano terminar. É natural que nos questionemos sobre como lidar com essa intensidade.
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Recentemente, ao revisar minha agenda e responder a inúmeras mensagens, me deparei com a pergunta: em que momento nos acostumamos a estar em tudo, o tempo todo? A ideia de perder uma oportunidade parecia um risco, o silêncio uma ameaça, e qualquer pausa, um luxo.
Essa dinâmica, especialmente para mulheres em posições de liderança, muitas vezes nos condiciona a acreditar que o sucesso reside em polaridades.
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Nos últimos anos, uma nova palavra tem ganhado força: “ROMO” – o alívio de ficar de fora. Essa expressão representa uma ideia libertadora, pois não implica desinteresse, alienação ou descaso. ROMO é, na verdade, uma cura para a atenção, um filtro, e a capacidade de direcionar nossa energia para o que realmente importa.
Reconhecer que não precisamos estar em todos os lugares, e que a intenção de estar menos nos conecta mais com o que é essencial, é um passo importante.
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Refleti sobre o motivo de nossa constante pressa e a necessidade de preencher nossas agendas. O que antes era visto como sinônimo de sucesso, hoje pode gerar angústia e prejudicar a qualidade de vida. Essa dinâmica se estende também às crianças, que muitas vezes perdem o direito ao tempo livre, à brincadeira e à liberdade de simplesmente existir, sem a pressão de aprender ou performar o tempo todo.
Essa reflexão me leva a repensar o ritmo, tanto o meu quanto o dos meus filhos. Aprender a dizer “não” é um ato de autonomia e clareza. ROMO é escolher com intenção, recusar o que apenas ocupa espaço, e abraçar o que transforma. Essa escolha está conectada à independência – emocional, mental e financeira.
Ao definir onde estamos, onde investimos e com quem nos conectamos, nossa vida se transforma.
Líderes de diversos setores compartilham a mesma percepção: não se pode mais performar sob a pressão do FOMO (medo de perder oportunidades). Essa mudança cultural é impulsionada pela nova geração, que busca estar nos lugares certos, criar com propósito e trabalhar com sentido, sem comprometer a saúde.
Esse movimento representa um aprendizado poderoso.
Ao longo da construção da comunidade Fin4She, aprendi que proteger o que importa é um ato de liderança: ideias, tempo, dinheiro e a capacidade de criar conexões verdadeiras. ROMO é, nesse sentido, um retorno à essência: ao escolher perder o que não faz sentido, criamos espaço para o que realmente importa florescer.
Isso nos proporciona clareza, força e liberdade – valores inegociáveis para qualquer mulher que deseja protagonizar sua vida e carreira.
Em resumo, ROMO é um movimento silencioso que nos devolve a chance de respirar, priorizar, criar e participar do que realmente tem impacto, e não apenas do que ocupa espaço. A pergunta final é: do que você está disposta a abrir mão para abrir espaço para o que realmente importa?
