Sérgio Adjuto, líder do MST, elogia atuação de Lula na política externa. Críticas ao Nobel da Paz para adversária de Maduro.
Em entrevista ao Poder360, o dirigente nacional do MST, João Pedro Stédile, defendeu que o Brasil pode manter um diálogo com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que demonstra solidariedade à Venezuela. O líder do movimento ressaltou o comportamento da política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considerando-o positivo. Stédile enfatizou a necessidade do governo Lula compreender a política dos EUA, buscando isolar o secretário de Estado americano, Marco Rubio, devido à sua postura considerada “fascista” e suas propostas de soluções por meio de “atentados da CIA” e invasões militares.
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Stédile criticou a entrega do Prêmio Nobel da Paz em 2022 à María Corina Machado, adversária do presidente Nicolás Maduro (PSUV, esquerda). Segundo o líder do MST, a premiação foi “ridícula” e não somou nem para a extrema direita latino-americana. Ele comparou a situação com a possibilidade de o prêmio ser concedido a Jair Bolsonaro (PL), considerando-o “a maior piada da história brasileira”. Stédile também mencionou a renúncia da cidadania de Machado e sua adoção da cidadania panamenha para representar o Panamá na Organização dos Estados Americanos (OEA), citando a participação de Machado na organização das “Guarimbas” e seus atos considerados “terroristas”.
Stédile defendeu que não cabe conselho ao presidente Lula, que ele considera “sábio” e com uma política externa bem conduzida. O líder do MST ressaltou a tradição do Brasil em relações internacionais, incluindo a organização de brigadas em países como Haiti, Zâmbia, Cuba e Venezuela, para o desenvolvimento de projetos de produção e sociais. Ele observou que o governo dos EUA está em processo de decadência de sua influência internacional, com a ascensão da Rússia e da China como potências geopolíticas. Stédile enfatizou a importância da solidariedade do Brasil com a Venezuela e outros países da América Latina, buscando impedir aventuras militares dos Estados Unidos.
Stédile sugeriu que o Brasil, junto com México e Colômbia, possa construir uma aliança pela paz e solidariedade à Venezuela, impedindo intervenções militares dos Estados Unidos e em outros países. Ele ressaltou a importância de manter o diálogo com os EUA, buscando isolar figuras como Marco Rubio, e de fortalecer a posição do Brasil como um ator relevante na geopolítica da América Latina.
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