Ronei Glanzmann defende debate sobre taxa de juros e licenciamento ambiental para alcançar novos patamares.
Segundo Ronei Glanzmann, CEO da MoveInfra, o Brasil ainda está aquém do potencial de investimento em infraestrutura. O especialista estima que cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) seriam necessários para garantir um crescimento sustentável e competitivo no setor.
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Em entrevista à CNN Brasil, Glanzmann destacou que o cenário atual apresenta obstáculos significativos. Mudanças regulatórias, alterações nas fontes de financiamento e a alta taxa Selic (15%) representam desafios importantes para o desenvolvimento da infraestrutura brasileira.
A alta taxa de juros e questões relacionadas ao licenciamento ambiental são pontos críticos. Projetos de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos demandam financiamento e aprovação ambiental, o que impacta diretamente o ritmo dos investimentos.
A Medida Provisória (MP) que trata da licença ambiental especial representa um avanço, mas ainda exige ajustes. A MP agiliza a aprovação de obras e empreendimentos considerados estratégicos pelo governo.
Essa medida foi publicada no Diário Oficial da União, juntamente com os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referentes a 63 dispositivos do projeto de lei que originou a Lei Geral do Licenciamento Ambiental.
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O setor de infraestrutura deve receber cerca de R$ 280 bilhões em investimentos neste ano e outros R$ 300 bilhões em 2026. A maior parte desses recursos provém do setor privado.
Glanzmann ressaltou a necessidade de investimentos robustos em um país continental como o Brasil, considerando que o país investe atualmente apenas 2% do seu PIB em infraestrutura.
O evento “Infraestrutura em movimento: desafios para transformar o Brasil” debate os caminhos para modernizar e ampliar a rede de transporte e logística, buscando conciliar eficiência, inovação e responsabilidade socioambiental.
Em Brasília, a entidade reuniu autoridades do setor, incluindo o secretário executivo do Ministério de Portos e Aeroportos, Tomé Franca, o secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro e o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Guilherme Sampaio.
O evento contou com a participação de executivos como Miguel Setas, CEO da Motiva; Décio Amaral, CEO da Hidrovias do Brasil e Pedro Palma, CEO da Rumo.
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