Presidente Motta anuncia PL “Antifacção” com penas de até 30 anos para organizações criminosas. Câmara prioriza segurança pública e debate endurecimento de penas
O presidente da Câmara dos Deputados, representante do Partido Republicano em Paraíba, anunciou na quarta-feira, 5 de novembro de 2025, que a Câmara deve concluir a análise do Projeto de Lei (PL) sobre “Antifacção”. O projeto propõe a criação do tipo penal de “organização criminosa qualificada”, com penas que podem chegar a 30 anos.
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A declaração foi feita em evento promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal na Argentina.
Motta enfatizou que a segurança pública é uma prioridade para a agenda do Legislativo. Desde o início de sua gestão como presidente da Câmara, ele tem trabalhado para tratar de projetos de segurança de forma contínua, e não concentrando a votação em um único dia ou semana.
A Câmara tem aprovado propostas tanto do governo quanto de parlamentares, buscando demonstrar o interesse da Casa nesta temática.
A Câmara tem analisado mais de 40 propostas relacionadas ao combate ao crime organizado. A intenção é “endurecer penas e instrumentos de combate ao crime organizado”, com previsão de votar ainda neste ano a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, principal proposta do governo para enfrentar a violência urbana e o crime organizado.
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O PL Antifacção visa ampliar as penas, criar o tipo penal de “organização criminosa qualificada” e permitir o bloqueio de bens, monitoramento e infiltração de agentes. O projeto também prevê a criação do Banco Nacional de Organizações Criminosas, centralizando dados sobre suspeitos e líderes, com uso de Inteligência Artificial.
Além disso, o texto autoriza o acesso a dados digitais de operadoras, fintechs e plataformas, e permite a infiltração de agentes e a criação de empresas de fachada para rastreamento financeiro.
Motta solicitou que as negociações sobre os textos sejam conduzidas sem disputas políticas. Ele pediu que as lideranças políticas e o governo federal evitem o uso da segurança pública como palanque político. A sociedade espera resultados práticos e efetivos, com o endurecimento de penas, respeito aos direitos humanos e demonstração clara do enfrentamento firme ao crime organizado no Brasil.
A Câmara reafirmou que não abandonará essa agenda.
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