Morgan Stanley: Shutdown é tiro no pé e efeito nulo no mercado

Renato Grandmont defende que Brasil poderia ter crescimento acelerado com política industrial de longo prazo.

02/10/2025 19:24

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Morgan Stanley: Shutdown é tiro no pé e efeito nulo no mercado
(Imagem de reprodução da internet).

Renato Grandmont Vê Impacto Nulo do Shutdown nos Mercados

Renato Grandmont, diretor de investimentos do Morgan Stanley, declarou que o fechamento do governo nos Estados Unidos até agora não teve impacto no mercado financeiro. Em entrevista exclusiva à CNN Money, o especialista observou que as taxas de juros de longo prazo estão em declínio, enquanto as bolsas norte-americanas alcançam novos recordes.

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Perspectiva Otimista do Morgan Stanley

Grandmont afirmou que o Morgan Stanley possui uma perspectiva “bastante otimista e positiva” para os ativos financeiros dos Estados Unidos. Ele enfatizou que o impacto do shutdown é mais político do que econômico, destacando a incerteza sobre a duração do fechamento do governo e a busca por soluções para reabri-lo.

Mudanças Estruturais e o “One Big, Beautiful Bill”

O diretor ressaltou que o país está passando por “mudanças estruturais importantes”, mencionando a perspectiva de queda das taxas de juros e o pacote fiscal conhecido como “One Big, Beautiful Bill” (uma grande, bela lei) como potenciais motores de crescimento para os EUA nos próximos anos. O projeto gerou controvérsia devido às renúncias fiscais, mas Grandmont acredita que a redução das taxas corporativas pode impulsionar a economia.

Visão para 2027 e Além

Grandmont acredita que uma política monetária com taxas de juros baixas e uma política fiscal que incentive o investimento nos Estados Unidos, especialmente em setores como inteligência artificial, podem estabilizar o crescimento econômico e melhorar a taxa de crescimento para 2027 e além. Ele também destacou a arrecadação de tarifas de US$ 500 bilhões como um fator relevante para a política fiscal de Trump.

Previsão para a Selic e o Brasil

Quanto ao Brasil, o Morgan Stanley estima que a Selic chegará a 11,5% no final do próximo ano. Grandmont avalia que “a taxa de crescimento do Brasil deveria ser muito mais alta do que ela é”. Ele sugere que o país precisa de uma política industrial de longo prazo, com foco em setores como turismo e com potencial para alcançar taxas de crescimento de 6%, 7% ou 8% ao ano.

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