Morgan Stanley: Shutdown é tiro no pé e efeito nulo no mercado
Renato Grandmont defende que Brasil poderia ter crescimento acelerado com política industrial de longo prazo.

Renato Grandmont Vê Impacto Nulo do Shutdown nos Mercados
Renato Grandmont, diretor de investimentos do Morgan Stanley, declarou que o fechamento do governo nos Estados Unidos até agora não teve impacto no mercado financeiro. Em entrevista exclusiva à CNN Money, o especialista observou que as taxas de juros de longo prazo estão em declínio, enquanto as bolsas norte-americanas alcançam novos recordes.
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Perspectiva Otimista do Morgan Stanley
Grandmont afirmou que o Morgan Stanley possui uma perspectiva “bastante otimista e positiva” para os ativos financeiros dos Estados Unidos. Ele enfatizou que o impacto do shutdown é mais político do que econômico, destacando a incerteza sobre a duração do fechamento do governo e a busca por soluções para reabri-lo.
Mudanças Estruturais e o “One Big, Beautiful Bill”
O diretor ressaltou que o país está passando por “mudanças estruturais importantes”, mencionando a perspectiva de queda das taxas de juros e o pacote fiscal conhecido como “One Big, Beautiful Bill” (uma grande, bela lei) como potenciais motores de crescimento para os EUA nos próximos anos. O projeto gerou controvérsia devido às renúncias fiscais, mas Grandmont acredita que a redução das taxas corporativas pode impulsionar a economia.
Visão para 2027 e Além
Grandmont acredita que uma política monetária com taxas de juros baixas e uma política fiscal que incentive o investimento nos Estados Unidos, especialmente em setores como inteligência artificial, podem estabilizar o crescimento econômico e melhorar a taxa de crescimento para 2027 e além. Ele também destacou a arrecadação de tarifas de US$ 500 bilhões como um fator relevante para a política fiscal de Trump.
Previsão para a Selic e o Brasil
Quanto ao Brasil, o Morgan Stanley estima que a Selic chegará a 11,5% no final do próximo ano. Grandmont avalia que “a taxa de crescimento do Brasil deveria ser muito mais alta do que ela é”. Ele sugere que o país precisa de uma política industrial de longo prazo, com foco em setores como turismo e com potencial para alcançar taxas de crescimento de 6%, 7% ou 8% ao ano.
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