Moraes afirma que não é “razoável” que um delegado tenha agenda com anotações sobre o golpe e ironiza: “Meu querido diário”
O ministro do STF recorda que a PF identificou ‘diretrizes estratégicas’ que compreendiam uma campanha de desinformação visando macular as urnas eletrôn…

No curso do julgamento da suposta trama golpista, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta as provas reunidas pela Polícia Federal na investigação sobre a suposta organização criminosa. Segundo Moraes, a investigação visava deslegitimar o sistema eleitoral brasileiro com o objetivo de permanecer no poder.
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Alexandre de Moraes recorda que a Polícia Federal apreendeu a agenda do General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Na agenda, foram detectadas “diretrizes estratégicas” que compreendiam uma campanha de desinformação com o propósito de macular as urnas eletrônicas.
O ministro ressalta que as anotações mencionavam uma “fraude pré-programada” e outros métodos para praticar fraudes.
Foram encontrados, sob a posse de Heleno, relatórios de análise de urnas eletrônicas e do código-fonte do sistema.
Moraes afirma que esses documentos foram utilizados para sustentar a tese de que o processo de votação não poderia ser auditado, servindo de base para uma transmissão ao vivo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Moraes também menciona um documento encontrado com Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, intitulado “Presidente TSE”. O ministro aponta que o conteúdo do texto, que criticava o sistema de votação e acusava o tribunal eleitoral de fraude, era “praticamente idêntico” ao discurso proferido por Bolsonaro em uma transmissão ao vivo. O ministro ressalta que o documento foi alterado apenas dois dias antes da live.
Moraes conclui que as evidências revelam um esforço deliberado para disseminar desinformação e questionar o sistema eleitoral brasileiro.
Fonte por: Jovem Pan