Ministros da Defesa da Tailândia e do Camboja formalizaram um acordo de cessar-fogo, visando interromper os confrontos na fronteira entre os dois países. A assinatura do pacto ocorreu em 27 de dezembro de 2025, após 20 dias de combates que resultaram em 77 mortes e o deslocamento de mais de 500 mil pessoas em ambos os lados da fronteira.
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O documento foi assinado pelo ministro da Defesa tailandês, Natthaphon Nakrphanit, e seu homólogo cambojano, Tea Seiha. A partir das 12h do horário local (2h, horário de Brasília), o cessar-fogo entrará em vigor e será monitorado por observadores da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Detalhes do Acordo
Segundo Natthaphon Nakrphanit, haverá comunicação direta entre o ministro da Defesa e o chefe das Forças Armadas de ambos os lados para garantir o cumprimento do acordo. O conflito, iniciado no começo de dezembro, envolveu incursões de caças, lançamentos de foguetes e uso de artilharia.
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As disputas territoriais entre Tailândia e Camboja remontam a mais de 100 anos e envolvem a soberania sobre pontos não demarcados ao longo dos 817 km de fronteira terrestre. Os confrontos se estenderam desde regiões florestais próximas ao Laos até as províncias costeiras no Golfo da Tailândia.
Histórico do Conflito
O conflito mais recente teve início após o colapso de um processo de mediação envolvendo o presidente dos Estados Unidos (Partido Republicano) e o primeiro-ministro da Malásia (Partido da Justiça Popular, centro-esquerda). Em julho de 2025, os dois países já haviam estabelecido uma trégua com a intervenção do então presidente americano.
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Termos do Acordo Atual
Sob o novo acordo, a Tailândia devolverá 18 soldados cambojanos que estavam sob sua custódia desde os confrontos de julho de 2025, caso o cessar-fogo seja mantido por 72 horas. O pacto também determina o retorno das pessoas deslocadas e proíbe o uso de força contra civis.
O marechal das Forças Armadas da Tailândia, Prapas Sornjaidee, declarou que “Guerra e confrontos não fazem os 2 países ou os 2 povos felizes”. Ele enfatizou que “o povo tailandês e o povo cambojano não estão em conflito um com o outro”.
O acordo não aborda a resolução das disputas territoriais de longo prazo entre os dois países.
