O ministro da Defesa, José Múcio, declarou que as prisões dos militares envolvidos na trama de 8 de janeiro representam o “encerramento de um ciclo” para o país. Ele fez essa afirmação após ser informado das decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a detenção de generais e ex-ministros do governo Bolsonaro, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, em uma cela especial no Comando Militar do Planalto.

O processo que culminou nas condenações foi considerado “doloroso”, mas essencial para a responsabilização individual dos envolvidos e para a manutenção da integridade das instituições.

Múcio ressaltou que as Forças Armadas atravessaram um período complexo, marcado por investigações, denúncias e julgamentos, com um “grau de responsabilidade enorme”. Ele enfatizou a ausência de manifestações públicas de insatisfação por parte da cúpula militar ou de oficiais envolvidos, expressando gratidão pela situação.

O ministro afirmou a necessidade de “virar essa página” e olhar para o futuro.

Em resposta a um questionamento sobre o pedido do STF para que os militares condenados percam suas patentes, algo inédito para generais de 4 estrelas, Múcio se absteu de comentar, justificando que não poderia interferir nas instâncias da Justiça Militar.

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Ele afirmou que a decisão coube exclusivamente ao Judiciário e que a questão exigiria respeito à decisão judicial.

O ministro também comentou o fato de que o ex-presidente Bolsonaro não cumprirá pena em uma instalação militar, como ocorre com alguns dos generais condenados. A definição dessa modalidade de cumprimento da sentença também foi definida pelo Judiciário.

Múcio informou que buscava informações detalhadas sobre o cumprimento das ordens judiciais, especialmente no Comando Militar do Planalto, onde dois dos generais condenados, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, cumprirão pena.