Ministro Lewandowski critica governadores e defende ação coordenada no combate ao crime organizado. O ministro destaca a necessidade de cooperação internacional e instrumentos legais
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, criticou a atuação dos governadores no enfrentamento ao crime organizado, classificando-os como “falidos” em sua responsabilidade. Em entrevista ao Jota, Lewandowski enfatizou a necessidade de uma ação coordenada em nível nacional, destacando que a criminalidade evoluiu para uma escala global, tornando as soluções locais insuficientes.
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O ministro defendeu a importância de uma estratégia sistemática, internacional e integrada, ressaltando a ausência de “bala de prata” para acabar com as facções criminosas.
Para fortalecer essa ação, Lewandowski defendeu o papel da União na articulação de acordos entre os estados. Ele mencionou a assinatura de mais de 12 pactos internacionais de cooperação, abrangendo o Mercosul, Interpol, Europol, Ameripol e tratativas bilaterais.
Além disso, o ministro reforçou a defesa de instrumentos legais, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e a lei antifacção, argumentando que são indispensáveis para que o governo federal possa intervir efetivamente. Ele classificou o PL Antifacção como “muito bem pensado”, fruto de um debate de 6 meses com diversas instituições.
Lewandowski esclareceu que a Polícia Federal não tem competência para lidar com crimes comuns, como assaltos a bancos ou violência urbana. Ele criticou a ideia de intervenção estrangeira, considerando-a “lesiva para o país”. O ministro afirmou que o governo do presidente (PT) enfrentará o problema, mas necessitará de meios adequados.
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Ele ressaltou a importância do uso de inteligência e padronização estatística no combate ao crime organizado, enfatizando que a abordagem deve ser inteligente, não truculenta.
Em relação à operação no Rio de Janeiro, Lewandowski informou que o governo federal enviou equipes e peritos, mas que os corpos já haviam sido analisados. Ele ressaltou a necessidade de atuação integrada, citando a operação que mirou o PCC (Primeiro Comando da Capital) como um exemplo positivo.
O ministro também abordou desafios como a expansão do crime para atividades legais da economia, a infiltração do crime organizado na política local e o uso de fundos eleitoral e partidário, sugerindo maior controle e auditoria pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O ministro Lewandowski concluiu que o combate ao crime organizado exige uma abordagem multifacetada, que combine inteligência, cooperação internacional e instrumentos legais. A união de esforços entre os diferentes níveis de governo e instituições é fundamental para enfrentar um desafio complexo e em constante evolução.
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