Ministro da Fazenda Defende Análise do Déficit Público

O ministro da Fazenda criticou a forma como o governo avalia o déficit público, argumentando que a análise não é consistente. Ele ressaltou que a proposta orçamentária do governo anterior, liderado por Michel Temer, previa um déficit de R$ 138 bilhões, um valor que, após a correção inflacionária, se aproxima das projeções atuais.

O ministro negou que a situação represente irresponsabilidade fiscal.

Segundo o ministro, a avaliação do déficit público é seletiva, diferenciando a análise de diferentes governos. As declarações foram proferidas durante um encontro com jornalistas, ocorrido nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025. O ministro enfatizou a necessidade de uma análise baseada em dados concretos e leis aprovadas, em vez de projeções.

Ele afirmou ter herdado um cenário fiscal com um déficit contratado de aproximadamente R$ 180 bilhões, juntamente com diversos programas sociais paralisados, ao assumir o cargo no início do governo Lula. O ministro destacou que a proposta orçamentária anterior previa um rombo superior a R$ 60 bilhões, sem considerar precatórios adiados por meio de Proposições de Emenda Constitucional (PECs) e sem incluir o valor total do programa Bolsa Família.

O ministro acrescentou que a proposta orçamentária anterior previa um benefício de R$ 400, enquanto o valor de R$ 600 já estava em vigor no programa Bolsa Família. Além do desequilíbrio fiscal, o governo atual encontrou o salário mínimo, a tabela do Imposto de Renda e a remuneração do funcionalismo público congelados por sete anos, além da interrupção de políticas como Minha Casa, Minha Vida e Farmácia Popular.

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