Ministro aponta R$ 1,87 bilhão em investimentos sem garantia do FGC em RPPS

Ministro Queiroz anuncia exposição de R$ 1,87 bilhão em RPPS com letras do Banco Master. Auditorias e alertas preventivos são iniciados após análise de risco.

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, anunciou uma exposição de R$ 1,87 bilhão em regimes próprios de Previdência Social (RPPS) de estados e municípios, relacionada a letras financeiras emitidas pelo Banco Master. Essa situação foi identificada no primeiro semestre de 2024, através das métricas de risco do ministério.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Investimentos sem Garantia do FGC

A compra desses ativos, que não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), foi detectada após uma análise das informações. O ministro ressaltou que as aplicações ocorreram entre outubro de 2023 e dezembro de 2024, conforme dados do Cadprev.

Auditorias e Alertas Preventivos

O ministério emitiu alertas preventivos e iniciou auditorias nos fundos envolvidos. Questionado sobre a demora na emissão de alertas, o ministro explicou que houve uma movimentação atípica no mercado no final de 2023, com a oferta de letras de crédito com prazos longos e remuneração acima da média.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Concentração dos Investimentos

Os maiores volumes de investimento estão concentrados no Estado do Rio de Janeiro (R$ 970 milhões) e no Amapá (R$ 400 milhões). As auditorias presenciais nos RPPS que compraram os papéis começaram em novembro de 2024.

Requisitos e Responsabilidades dos RPPS

O ministro esclareceu que, tecnicamente, o Banco Master cumpria os requisitos do Conselho Monetário Nacional (CMN) na época das aplicações. A instituição possuía comitês de auditoria e risco, conforme exigido pelo Banco Central. RPPS podem aplicar até 20% dos seus recursos em ativos financeiros de renda fixa de emissão com obrigação ou coobrigação de instituições financeiras bancárias autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

A legalidade da instituição não isenta o gestor do fundo de previdência de sua responsabilidade fiduciária. Pela resolução do CMN, cabe ao RPPS observar princípios de “segurança, rentabilidade, solvência e liquidez” antes de aprovar aportes, especialmente em ativos sem garantia do FGC.

Sair da versão mobile