Ministro Alexandre de Moraes Defende Valorização Salarial no Judiciário
Em discurso proferido na segunda-feira, 2 de dezembro de 2026, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, defendeu que os membros do Judiciário não devem “ter vergonha de buscar uma remuneração mais justa”. O ministro argumentou que a busca por benefícios como os por tempo de serviço não representa “corporativismo”, mas sim uma medida essencial para a segurança institucional do Poder Judiciário.
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A declaração ocorreu durante um evento, com uma plateia majoritariamente formada por juízes e profissionais do direito. A remuneração do ministro Alexandre de Moraes é de R$ 46.366,19, o valor máximo estabelecido pelo teto constitucional e a base para a remuneração de todos os integrantes do Judiciário.
Atualmente, muitos magistrados recebem adicionais que aumentam seus salários, gerando o fenômeno dos altos vencimentos no setor.
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Segundo uma reportagem do Poder360, o Brasil ocupa a primeira posição no ranking de países com maior remuneração para juízes. Estima-se que 75,4% dos juízes brasileiros possuem uma renda suficiente para se encontrarem entre o 1% mais rico do país.
Essa situação levanta questões sobre a atratividade da carreira jurídica no país.
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Em seu pronunciamento, Alexandre de Moraes enfatizou que a defesa de melhores remunerações é crucial para garantir que profissionais qualificados permaneçam na magistratura. Ele argumentou que, caso contrário, o Judiciário continuará a perder membros para consultorias em outras instituições, como a Câmara ou o Senado, onde podem receber honorários mais elevados.
O ministro ressaltou a importância de uma defesa transparente da valorização da carreira, incluindo a retomada dos adicionais por tempo de serviço, que ele considera um erro. Ele criticou a situação em que novos ingressantes recebem a mesma remuneração que profissionais experientes ou que os aposentados sofrem com reduções significativas em seus vencimentos.
