Ministério da Saúde espera aprovação da vacina contra a dengue em dezembro. Anvisa deve liberar o imunizante brasileiro do Instituto Butantan para o PNI em 2026
O ministro da Saúde, em anúncio feito na segunda-feira (3.nov.2025), declarou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve aprovar o uso da vacina brasileira contra a dengue até dezembro. O anúncio ocorreu em Brasília, durante o lançamento da campanha nacional de prevenção à dengue e .
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O ministro detalhou que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, tem como objetivo estar disponível para utilização no Programa Nacional de Imunização no ano seguinte.
Após a aprovação, um comitê técnico definirá as faixas etárias e as estratégias de distribuição da vacina, que é destinada a pessoas com idades de 2 a 59 anos. Estão previstos 40 milhões de doses a serem entregues no próximo ano.
O ministro comemorou os bons resultados alcançados em 2025, com uma redução de 75% no número de casos e de mortes relacionadas à dengue. Um levantamento do ministério, abrangendo 3.200 municípios, identificou que 30% dessas cidades estão em situação de alerta para a proliferação e transmissão de doenças pelo Aedes aegypti.
Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná concentram quase 80% das mortes: 64% em São Paulo, 7% em Minas Gerais e 8% no Paraná.
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A Força Nacional do SUS foi acionada para auxiliar municípios na organização dos serviços de atendimento. O ministro enfatizou a importância de manter a vigilância e a identificação dos focos do mosquito para que medidas de controle sejam implementadas em nível local.
Serão destinados, no total, quase R$ 184 milhões para o financiamento de tecnologias de combate ao Aedes aegypti em 2026.
O coordenador de emergências, evidência e inteligência em saúde do escritório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil, Alex Roosevelt, destacou a eficácia das iniciativas do Ministério da Saúde na criação de uma vacina contra a dengue.
Roosevelt mencionou o uso de novas tecnologias para o controle vetorial, como a bactéria wolbachia, que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela no Aedes aeqgypti.
Roosevelt ressaltou a importância de ações estratégicas na prevenção da doença, reconhecendo que a dengue é um desafio de saúde pública significativo nas Américas, com mais de 13 milhões de casos e mais de 8.000 óbitos registrados em 2024.
Ele enfatizou que a doença sobrecarrega os sistemas de saúde e tem um impacto na economia.
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