Ministério da Saúde celebra avanços no tratamento do HIV/Aids no Brasil. Ministro Alexandre Padilha destaca novas estratégias e tecnologias, incluindo o lenacapavir. A OMS reconhece o avanço na eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil
O Ministério da Saúde celebrou nesta segunda-feira (1º) os avanços significativos na prevenção e tratamento do HIV/Aids no Brasil, em consonância com o Dia Mundial de Luta contra a Doença. O Ministro Alexandre Padilha destacou a prioridade da pasta em garantir o acesso a novas estratégias e tecnologias de prevenção, mencionando a demanda pela incorporação de medicamentos de longa duração, ainda em fase de registro sanitário.
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O medicamento lenacapavir, desenvolvido pela Gilead, representa um novo paradigma na prevenção da infecção pelo vírus da Aids. Sua aplicação a cada seis meses, por meio de formulação injetável, oferece maior eficácia em comparação com a abordagem tradicional, que envolve o uso diário de comprimidos e consultas regulares.
O objetivo é substituir a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) atual, que pode apresentar dificuldades de adesão por parte dos pacientes.
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O governo brasileiro busca estabelecer uma parceria para a transferência tecnológica do lenacapavir, com o objetivo de garantir o acesso ao medicamento no país. A iniciativa envolve o diálogo com instituições brasileiras e o apoio do programa da pasta.
A expectativa é que o Brasil participe da produção e distribuição do medicamento, em vez de depender exclusivamente de importações.
A política de prevenção e tratamento do HIV/Aids no Brasil evoluiu significativamente, incorporando ferramentas como a PrEP e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição). O Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo, visando engajar o público jovem, que tem reduzido o uso de preservativos.
O país também ampliou o acesso à PrEP, com um crescimento de mais de 150% no número de usuários desde 2023.
O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento gratuito com a terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV. A utilização do comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, considerado de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos, contribui para a adesão e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
O país busca alcançar as metas globais 95-95-95, que preveem que 95% das pessoas vivendo com HIV conheçam o diagnóstico, 95% delas estejam em tratamento e 95% das tratadas alcancem supressão viral.
O Brasil registrou uma redução de 13% no número de óbitos por aids entre 2023 e 2024, com pouco mais de 10 mil mortes em 2023 contra 9,1 mil em 2024. O país avançou na eliminação, como problema de saúde pública, da transmissão vertical da doença, quando ocorre da mãe para o bebê.
O Ministro Padilha anunciou que o Brasil deve ter a confirmação do reconhecimento da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública, tornando-se o maior país do mundo a alcançar esse patamar, seguido por Chile, Canadá e outros países da América Latina.
Os avanços na prevenção e tratamento do HIV/Aids no Brasil demonstram um compromisso contínuo com a saúde pública e a busca por soluções inovadoras. Com a implementação de novas estratégias, o acompanhamento rigoroso e o acesso universal aos serviços de saúde, o país se aproxima cada vez mais da eliminação da doença como problema de saúde pública.
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