Ministério da Igualdade Racial denuncia racismo e violência em escola de SP. Incidente na Escola Municipal Antônio Bento, em Butantã, expõe repúdio a atos
O Ministério da Igualdade Racial divulgou uma nota na quarta-feira, 19 de novembro de 2025, manifestando seu repúdio aos atos de racismo religioso e violência institucional registrados na Escola Municipal Antônio Bento, localizada em São Paulo, especificamente no bairro do Butantã, zona oeste da capital.
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O incidente ocorreu na semana passada, em 12 de novembro.
A situação foi desencadeada após um pai acionar a polícia militar, alegando que sua filha havia apresentado um desenho de orixá – uma divindade da religião Iorubá – durante uma atividade escolar. Quatro policiais militares entraram na escola armados, seguindo a comunicação recebida.
A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo iniciou um procedimento, solicitando à Corregedoria da Polícia Militar a apuração da conduta dos agentes e o acesso às imagens das câmeras corporais e do circuito interno da escola. A Ouvidoria manifesta veemente repúdio a qualquer ato de natureza semelhante.
Adicionalmente, foi aberto um segundo procedimento para apurar a conduta do pai da aluna, que é funcionário de segurança pública do Estado de São Paulo.
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O Ministério da Igualdade Racial afirma que a atividade de apresentação de orixás está em consonância com as leis que determinam o ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena nas escolas. O órgão destaca que essa prática amplia as possibilidades pedagógicas para o reconhecimento, a valorização e o fortalecimento das identidades negras, quilombolas, indígenas e afro-brasileiras no ambiente educacional.
O ministério ressalta a importância desse conhecimento para a compreensão da identidade brasileira, construída a partir da cultura negra, afro-brasileira e indígena. A instituição reafirma seu compromisso com o combate à intolerância e ao racismo, buscando alcançar todos os brasileiros.
A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo enfatiza a necessidade de apurar com rigor, responsabilizar e corrigir atos de intolerância, em consonância com o amor e a tolerância, princípios fundamentais para qualquer religião ou sociedade civilizada.
A instituição busca garantir que a educação promova o conhecimento e a compreensão das diferentes culturas e identidades presentes no Brasil.
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