Ministério da Fazenda revisa projeções para 2025, com inflação em 4,5% e expectativa de bandeira tarifária verde em energia elétrica. Guilherme Mello detalha análise do “tarifaço” e queda nos preços de alimentos
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, comunicou nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025, que as estimativas do Ministério da Fazenda se confirmaram para o ano de 2025, apesar dos desafios inerentes à elaboração de projeções em um cenário complexo.
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Mello mencionou as taxas norte-americanas de 50% sobre produtos brasileiros como um fator relevante na análise.
Inicialmente, o mercado projetava uma inflação de 5,6% para o primeiro trimestre de 2025. O secretário, no entanto, ressaltou a necessidade de considerar o impacto do “tarifaço” nas projeções, conduzindo uma análise aprofundada do efeito desse evento econômico.
A equipe do Ministério da Fazenda revisou as expectativas, ajustando a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,6% para 2025, anteriormente estimada em 4,8%.
Essa revisão reflete a desaceleração nos preços de alimentos e bens industriais, conforme detalhado no boletim macrofiscal divulgado na mesma data. O índice já havia diminuído de 5,1% em agosto para 4,7% em outubro, impulsionado principalmente pela queda nos preços de carnes, café e leite.
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O secretário enfatizou que a interpretação da equipe do Ministério da Fazenda prevaleceu sobre as projeções iniciais do mercado.
Durante o ano de 2025, o Brasil conseguiu controlar a inflação, especialmente no setor de alimentos, através de medidas coordenadas entre os ministérios e o controle fiscal. A análise detalhada da inflação de alimentos, em conjunto com outros ministérios, permitiu a implementação de ações para mitigar o aumento dos preços.
O resultado final superou as expectativas iniciais, com uma inflação até mais positiva do que o previsto.
O IPCA subjacente também foi revisado para baixo, agora em 4,7%. Fatores como o real mais apreciado e o excesso de oferta mundial de bens, decorrente de mudanças no comércio internacional, contribuíram para esse cenário. Para 2026, a inflação estimada recuou de 3,6% para 3,5%.
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para 2025 agora está em 4,5%, e o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), em 1,4%.
A perspectiva de uma bandeira tarifária de energia elétrica verde em dezembro pode aproximar ainda mais o IPCA da meta, reforçando a tendência de alívio nos preços. O desaquecimento na economia e no mercado de trabalho também desempenham um papel importante na manutenção da inflação em níveis controlados.
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