Minerva identifica oportunidades de expansão com embarques da América do Sul

Minerva Enxerga Oportunidade na América do Sul para Ampliar Negócios

A Minerva, uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo, acredita que sua presença diversificada em diversos países da América do Sul representa uma grande oportunidade de expansão nos próximos anos. Essa visão é reforçada mesmo diante das complexidades geopolíticas globais e da guerra tarifária iniciada pelo governo de Donald Trump.

CEO da Minerva Destaca Vantagens Regionais

Segundo Fernando Galletti de Queiroz, o CEO da Minerva, a escolha de focar na América do Sul, região com vantagens comparativas na produção de carne bovina, tem se mostrado estratégica. “A América do Sul nunca ocupou tanto espaço no mercado internacional, e a cada dia novos mercados se abrem… não é à toa que estamos batendo recorde com tarifaço e sem tarifaço”, afirmou Queiroz durante a abertura de um evento para investidores, referindo-se às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Operações Diversificadas e Demanda Global

A Minerva opera no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia e Chile. A empresa brasileira, que realizou 20 aquisições em 20 anos e está finalizando a integração de 13 novas plantas no Brasil, Chile e Argentina, adquiridas da rival Marfrig (MBRF), se beneficia da alta demanda e da oferta mais barata de bovinos em países como Estados Unidos, China e Europa.

Perspectivas para o Futuro e Desafios

Queiroz acredita que a janela de oportunidade se intensificará em 2026 e 2027, quando os Estados Unidos terão o menor rebanho, a Europa sofrerá uma queda na produção e a China também reduzirá a oferta. A América do Sul, juntamente com a Oceania (especialmente a Austrália), ocupará cada vez mais espaço no mercado global. Além disso, a diversificação geográfica é fundamental para lidar com desafios cambiais e sanitários.

Produtividade Brasileira e DDG

Alexandre Mendonça de Barros, consultor da MB Agro, presente no evento, ressaltou que a produtividade da pecuária brasileira está expandindo, o que pode limitar a queda nos abates de bovinos. Ele atribuiu essa tendência ao crescimento da oferta de DDG (farelo de milho), um subproduto da indústria de etanol, que impulsionará a produção de ração animal e favorecerá a instalação de confinamentos bovinos próximos a usinas de etanol.

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