Mindfulness reduz dores na mandíbula e melhora bem-estar em mulheres

Meditação focada reduz dores e melhora o equilíbrio emocional, aponta pesquisa da USP. Saiba mais no Poder360.

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(Imagem de reprodução da internet).

Conviver com Dor Crônica: Uma Nova Abordagem

Milhares de pessoas enfrentam diariamente o impacto da dor crônica, uma experiência que afeta o corpo, a mente e as emoções. A disfunção temporomandibular (DTM), uma condição que afeta a articulação da mandíbula, é uma das causas dessa realidade.

Um estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), com financiamento da Fapesp, revelou que a prática regular de mindfulness – uma técnica de meditação focada na atenção plena – pode ajudar a reduzir a sensibilidade à dor e melhorar a regulação emocional em pacientes com DTM.

Mindfulness e a Dor Crônica

A pesquisa, conduzida pela enfermeira Edilaine Gherardi-Donato, investigou como a atenção plena poderia aliviar a dor crônica associada à DTM e melhorar os múltiplos fatores envolvidos, desde aspectos neurofisiológicos até psicológicos, como o estresse, a ansiedade e a “catastrofização da dor” – a tendência de se concentrar excessivamente na dor, ampliando sua percepção negativa.

Como Funciona o Mindfulness

A abordagem do mindfulness envolve o reconhecimento da dor como algo impermanente, que não precisa dominar a vida. A prática ajuda a pessoa a desenvolver maior controle da atenção e a acessar um estado de presença, mesmo nas atividades cotidianas.

Resultados Promissores

Após oito semanas de intervenção, as mulheres que participaram do programa apresentaram melhora significativa no limiar de dor à pressão, além de redução dos pontos dolorosos no corpo e diminuição do estresse e da catastrofização da dor.

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Mindfulness no SUS

Os resultados reforçam que práticas integrativas e complementares, como o mindfulness, podem ser uma ferramenta importante no manejo da dor crônica, especialmente em condições complexas como a DTM. Além disso, trata-se de uma prática de baixo custo, de fácil implementação e que pode ser incorporada aos serviços públicos de saúde, conforme previsto na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS.

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