Peso Argentino e Dúvidas sobre a Sustentação Cambial
O peso argentino demonstra um efeito limitado no câmbio, refletindo dúvidas sobre a sustentação do atual regime cambial. Após um dia de alta expressiva, com a moeda subindo 10% em relação ao dólar, a tendência se inverteu, com a moeda argentina subindo 1,99% sobre o dólar, cotado a 1.460 pesos às 13h22 desta terça-feira.
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Estratégias do Governo e Custos Elevados
Desde abril, o governo de Milei substituiu o câmbio fixo por um modelo de flutuação dentro de bandas. Nesse sistema, o peso pode variar de preço de acordo com a demanda, dentro de limites definidos. A Casa Rosada ainda realiza uma desvalorização controlada, que foi de 2% ao mês no início do mandato e depois foi reduzida para 1%.
Essa estratégia ajudou a conter a escalada inflacionária, mas exigiu o uso intenso das reservas internacionais e juros altos para manter o equilíbrio.
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Cautela dos Investidores e Incertezas
Com a inflação ainda acima de 2% ao mês, cresce o risco de uma defasagem cambial, na qual o dólar se torna artificialmente barato, estimulando a compra da moeda americana e a saída de divisas do país. O ministro da Economia, Luis Caputo, tem reiterado que não haverá mudanças no regime atual, buscando afastar temores de uma desvalorização abrupta do peso.
Perspectivas e Desafios para a Argentina
Especialistas como Marcelo Boragini, da Davos Investimentos, e Alexandre Pletes, da Faz Capital, apontam que os investidores continuam buscando segurança, preferindo estar posicionados em dólar devido às incertezas fiscais e monetárias. Ricardo Delgado, da consultoria Analytica, ressalta que o triunfo de Milei abre a oportunidade de avançar com reformas estruturais e reativar o consumo de massa, mas isso levará tempo.
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