Governo de [Presidente] obteve forte apoio na Argentina: 40,7% dos votos, contra 31,7% do peronismo.
A contundente vitória do presidente Javier Milei nas eleições legislativas de meio de mandato na Argentina gerou uma onda de euforia nos mercados financeiros nesta segunda-feira (27). A bolsa de Buenos Aires registrou avanços significativos, com papéis superando altas de até 30% em relação à sexta-feira, enquanto o peso argentino valorizou-se frente ao dólar.
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Essa reação positiva se deve à perspectiva de um aprofundamento das reformas ultraliberais propostas pelo governo.
Economistas como Martín Kalos e Fausto Spotorno atribuíram a euforia à mudança no cenário político, que elimina o risco de uma desvalorização descontrolada. Kalos destacou que o mercado havia penalizado a “política econômica fraca” anterior, enquanto Spotorno observou que o desaparecimento desse risco impulsionou a “reação positiva tão violenta” dos mercados.
A expectativa é de que o governo consiga corrigir variáveis de forma ordenada, evitando pressões.
Nos câmbio, o dólar, principal refúgio de valor para os argentinos, despencou, atingindo quedas de até 9% em relação à sexta-feira. Essa valorização aliviou os temores de desvalorização e beneficiou setores como o metalúrgico, representado por Fernando Román, que alertou sobre os riscos de uma indústria que não consegue competir com a China.
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Por outro lado, comerciantes como Marcelo Figueroa celebraram a baixa do dólar, antecipando uma redução nas taxas de juros.
Javier Milei resumiu a situação como “o começo de uma nova Argentina“, enfatizando a necessidade de acordos com um novo Congresso para implementar as reformas, que incluem mudanças trabalhista e previdenciária. No entanto, economistas como Pablo Tigani alertam que os mesmos problemas da Argentina podem continuar, e que as reformas podem gerar protestos sociais se as pessoas perceberem os cortes em aposentadorias e direitos com a queda de salários e a recessão.
A vitória eleitoral abre caminho para o recebimento dos 40 bilhões de dólares dos Estados Unidos, condicionados ao triunfo de Milei. O ex-presidente Donald Trump felicitou o líder argentino, expressando confiança no “trabalho maravilhoso”. O cientista político Iván Schuliaquer questiona se o triunfo eleitoral dará um impulso para Milei e se o modelo econômico se sustentará sem que o país afunde, como poderia ter acontecido sem o apoio americano.
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