Resultado surpreende e fortalece governo no Congresso, aponta Clarín e La Nación. Leia na íntegra no Poder360.
A imprensa argentina destacou, no domingo (26.out.2025) e nesta segunda-feira (27.out), a ampla vitória do La Libertad Avanza, partido do presidente Javier Milei, nas eleições legislativas. O La Nación classificou o resultado como um “triunfo impactante”, enquanto o Clarín o definiu como uma “surpresa maiúscula”.
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O resultado contrariou pesquisas divulgadas nas semanas anteriores. A vitória de Milei era esperada, mas não pela margem registrada. Um levantamento publicado em 18 de outubro pelo El País mostrava que o La Libertad Avanza apresentava 36,7% das intenções de voto, enquanto a coalizão peronista Fuerza Patria tinha 34,8% – diferença inferior a 2 pontos percentuais.
O resultado indicou 40,65% dos votos para o La Libertad Avanza na eleição de metade dos deputados. O Fuerza Patria e seus aliados ficaram com 31,7%. Na eleição para 1/3 do Senado, o partido de Milei alcançou 42,03%, contra 28,42% da coalizão peronista.
O colunista Carlos Pagni, do La Nación, escreveu que a vitória foi contundente em volume e extensão territorial, o que não era projetado. “O resultado tem o valor adicional de representar uma surpresa: quase todos os institutos de sondagem previam um empate, com uma derrota tolerável na província de Buenos Aires”, afirmou.
Pagni, enfatizou que o mais importante é o que vem depois: como será convertido esse sucesso eleitoral em estrutura política, como será interpretada a situação econômica, como reagirá à oposição e qual será a nova configuração entre governo, províncias e Congresso.
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O editor-geral do Clarín, Ricardo Kirschbaum, escreveu em coluna publicada nesta segunda-feira (27.out) que a fragilidade do governo despertou um resultado “que nenhuma pesquisa conseguiu captar”. Segundo ele, a amplitude do resultado surpreendeu até mesmo os integrantes do governo.
Com o resultado, Milei duplicou sua base no Congresso, ampliando a possibilidade de aprovar sua agenda econômica. A vitória marca um reforço significativo para o governo, que enfrenta desafios econômicos persistentes. O desempenho dá ao presidente uma margem maior de manobra no Congresso, abrindo caminho para privatizações, reformas trabalhistas e cortes fiscais planejados desde o início do mandato.
A situação eleitoral representa um momento crucial para o governo, com implicações diretas para a formulação de políticas e a capacidade de implementação de reformas.
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