Presidente libertário avança com programa econômico após resultado positivo nas eleições legislativas.
O partido governista na Argentina obteve uma mudança significativa no Congresso com sua expressiva vitória nas eleições legislativas de domingo (26). Essa conquista superou as expectativas, alcançando um total de 86 cadeiras – um terço da Câmara dos Deputados –, juntamente com seus aliados do PRO (Partido Progressista da Argentina).
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Essa nova posição estratégica permitirá que o presidente Javier Milei avance com seu programa econômico e consolide seu poder de veto.
Antes de 2023, Milei governava com apenas 37 deputados e 6 senadores, dependendo do apoio de outros partidos para aprovar suas iniciativas. Essa situação exigia a construção de pontes com diferentes grupos políticos, o que se mostrou um desafio constante.
Em setembro, a Câmara dos Deputados rejeitou os vetos do presidente à lei de financiamento universitário e à emergência pediátrica, após a derrota de Milei nas eleições provinciais de Buenos Aires. Essa rejeição evidenciou a necessidade urgente para o governo controlar pelo menos um terço de uma das casas legislativas para implementar sua agenda de reformas.
O partido La Libertad Avanza venceu em regiões-chave, incluindo Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé e Mendoza, além de uma vitória inesperada na província de Buenos Aires. O partido obteve sucesso em 15 dos 24 distritos do país, alterando o mapa eleitoral para tons de roxo.
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Com a nova composição, o partido governista ganhará 43 deputados, totalizando 80, e esse número se expande para 104 com o bloco que inclui o PRO, aliado próximo do ex-presidente Mauricio Macri.
Com a nova composição, a bancada do partido governista na Câmara dos Deputados poderá manter os vetos da Casa Rosada e evitar vetos legislativos a decretos presidenciais. Apesar disso, não será suficiente para impor sua agenda, pois não conta com metade suficiente de nenhuma das casas para ter quórum ou aprovar seus projetos.
No entanto, Milei alcança maior governabilidade, e as negociações com outros partidos, que não eram o ponto forte do partido no poder, agora serão conduzidas a partir de uma posição de poder muito maior.
O presidente Milei comemorou, no domingo, que, a partir de 10 de dezembro, o país terá “o Congresso mais reformista da história da Argentina”. Ele já anunciou que pretende avançar com projetos-chave, como uma reforma tributária e uma reforma trabalhista, buscando simplificar o sistema fiscal e flexibilizar as regulamentações para facilitar o emprego formal.
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