Javier Milei busca avanços no Congresso com desafios econômicos. Presidente argentino aprofunda negociações para aprovar Orçamento 2026 e reformas.
O presidente argentino, Javier Milei, iniciou sua segunda metade do mandato com uma posição mais forte no Congresso, resultado das eleições legislativas de outubro. Apesar disso, o governo enfrenta desafios significativos, incluindo a necessidade de apoio de outros partidos para aprovar suas propostas.
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A agenda ambiciosa do governo inclui a aprovação do Orçamento de 2026 e reformas em áreas cruciais como trabalho, penal e fiscal.
Reformas e Negociações
Para avançar com suas reformas, Milei precisará moderar seu estilo e adotar uma postura mais negociadora, buscando alianças com os governadores provinciais, que buscam recursos após dois anos de medidas de austeridade, conforme avaliam analistas. A Câmara do Senado tem 95 assentos do partido de Milei em 257, e no Senado, 21 de 72 cadeiras.
Iniciativas Governamentais
O governo está implementando medidas como uma lei que eleva os limites de evasão fiscal e encurta o prazo de prescrição, além de proibir orçamentos deficitários. Também visa endurecer o Código Penal em relação ao crime e protestos. O projeto de reforma trabalhista busca flexibilizar as modalidades de contratação, redefinir o cálculo das indenizações e alterar o sistema de convênios coletivos, gerando oposição das centrais sindicais.
Flexibilização de Áreas Protegidas
O governo planeja uma alteração na lei dos glaciares, propondo que cada província determine a superfície a ser preservada, com o objetivo de incentivar a mineração. Organizações ambientais e comunidades locais antecipam resistências a qualquer flexibilização dos limites atuais.
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Análise Política e Perspectivas
Sergio Morresi, especialista em Ciências Políticas, destaca que a disposição dos governadores de chegar a um acordo com Milei é um fator positivo. Ele observa que a crise interna do peronismo dificulta o fortalecimento da oposição. Rosendo Fraga, cientista político, ressalta que a capacidade negocial de Milei depende da estabilidade econômica, que por sua vez, depende do apoio dos Estados Unidos.
Fraga adverte que a fragilidade da maioria legislativa pode ser alterada se as reivindicações orçamentárias dos governadores não forem atendidas.
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