Ações da Micron sobem 30% com alta demanda por chips de memória. Projeções de lucro superam expectativas, impulsionadas por IA e escassez global
As ações da Micron Technology apresentaram um aumento significativo nesta quinta-feira (18), atingindo mais de 30% de valorização por volta das 15h35 (horário de Brasília). Esse crescimento foi impulsionado por uma projeção de lucros que superou as expectativas do mercado, em um cenário marcado pela escassez global de chips de memória e pelo aumento da demanda proveniente dos centros de dados de inteligência artificial.
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A situação atual do mercado de chips de memória, com sua escassez em diversos setores – incluindo smartphones e grandes centros de dados – tem elevado os preços. Esse cenário tem contribuído para que a Micron preveja um lucro ajustado no segundo trimestre quase o dobro do que o mercado de Wall Street esperava.
Analistas da Morningstar destacaram que a oferta limitada de memória, impulsionada pela demanda por infraestrutura de inteligência artificial, está elevando os preços da Micron e de seus concorrentes no setor de chips de memória. A recuperação atual do mercado está gerando valor para os acionistas.
A Micron se destaca como um dos três principais fornecedores de chips de memória de alta largura de banda (HBM), competindo com a Samsung e a SK Hynix. Esses chips são cruciais para o treinamento e a aplicação de modelos de inteligência artificial generativa.
No período de um ano, as ações da Micron subiram mais de 160%, enquanto as ações da Samsung e da SK Hynix, listadas na Coreia do Sul, mais que dobraram e triplicaram de valor, respectivamente.
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O presidente-executivo da Micron, Sanjay Mehrotra, expressou otimismo, prevendo que os mercados de chips de memória permanecerão em alta após 2026. O setor de memória é conhecido por sua natureza cíclica, com flutuações extremas nos preços.
A Micron está reequipando suas instalações de produção para atender à crescente demanda dos centros de dados de IA. Além disso, aumentou seus planos de gastos de capital para 2026 para US$ 20 bilhões, refletindo o aumento dos investimentos para atender à demanda.
Embora analistas da Morningstar esperem que os preços robustos diminuam a longo prazo, eles preveem que a escassez de oferta persistirá até 2027. Projeções do J.P. Morgan também indicam que a escassez de oferta poderá se estender até 2027.
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