Ex-Primeira-Dama Manifesta-se Contra Apoio do PL a Ciro
Michelle, em comunicado oficial divulgado nesta terça-feira (2/12), reafirmou sua oposição a qualquer articulação política que envolva o apoio do Partido Liberal (PL) a Ciro Gomes. A declaração surge após receber críticas de aliados e de seus enteados – filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro – em decorrência de suas falas em um evento em Fortaleza, no último domingo (30).
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A ex-primeira-dama enfatiza que sua recusa em apoiar o ex-ministro se baseia em princípios pessoais e na defesa da honra de sua família.
Segundo a presidente do PL Mulher, é inviável caminhar ao lado de alguém que rotulou Jair Bolsonaro de “genocida” e que, segundo ela, colaborou ativamente para a inelegibilidade do ex-presidente. “Jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família”, declarou.
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Michelle argumenta que derrotar o Partido dos Trabalhadores (PT) apoiando Ciro seria equivalente a “trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin”, classificando o ex-ministro como uma “raposa política” que jamais defenderá os valores da direita.
Divergências internas e papel familiar A nota também aborda o mal-estar gerado dentro do bolsonarismo e as divergências com os filhos de Bolsonaro. Embora afirme respeitar o posicionamento dos enteados, Michelle reivindicou seu direito à liberdade de expressão, mesmo que sua opinião divirja de estratégias partidárias ou até mesmo da vontade do marido, embora tenha ressaltado que Jair não lhe comunicou apoio a Ciro.
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Michelle destacou que, antes de ser uma liderança política, prioriza seus papéis de mulher, mãe e esposa. “Se tiver que escolher entre ser política, mãe ou esposa, ficarei com as duas últimas opções”, afirmou. Ela ilustrou sua posição questionando como justificaria tal aliança à filha do casal, diante do histórico de insultos proferidos por Ciro contra o pai da menina.
Ao finalizar o texto, a ex-primeira-dama pediu compreensão aos enteados, alegando que sua intenção não foi contrariá-los, mas sim defender a família de um “perseguidor”. “Muitas vezes são as esposas que são chamadas a mostrar aos maridos que eles podem estar errando”, concluiu.
