Erros em Startups: Fundadores relatam arrependimento por demorar para contratar. Casos como os da incredifulls (Michelle Jimenez-Meggiato), EideCom (Charles Eide) e Slacker Media Group (Ross Friedman) mostram que a demora em estruturar a equipe pode frear o crescimento
Em meio às histórias de sucesso de fundadores de startups e negócios em rápido crescimento, um padrão emerge: a demora em contratar as pessoas certas. Entrevistas com empreendedores que comandam empresas com faturamento entre US$ 1 milhão e US$ 20 milhões por ano revelam um arrependimento recorrente: a demora em estruturar a equipe.
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A dificuldade em delegar, o receio de comprometer o fluxo de caixa com salários e a crença de que era possível “fazer tudo sozinho” se mostraram barreiras que, segundo os próprios fundadores, frearam o crescimento dos negócios. A análise desses casos, como a da incredifulls, fundada por Michelle Jimenez-Meggiato, demonstra que a tentativa de economizar evitando contratações estratégicas pode custar mais caro no longo prazo, em eficiência, escalabilidade e saúde mental dos fundadores.
A decisão de manter a estrutura do negócio o mais enxuto possível, com receio de sobrecarregar a operação com despesas fixas, é compreensível do ponto de vista da gestão de caixa. No entanto, como demonstraram os casos analisados, postergar contratações estratégicas pode custar mais caro no longo prazo.
A relutância em contratar, como a de Charles Eide, CEO da EideCom, que fatura US$ 20 milhões anuais com produção de eventos corporativos, pode impedir o fundador de aproveitar talentos com mais competência em áreas específicas.
A afirmação ressoa diretamente com conceitos de eficiência operacional. Ao centralizar decisões e execuções, o fundador limita o potencial da empresa. A descentralização, quando bem feita, permite crescimento exponencial sem perda de controle.
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A experiência de Ross Friedman, fundador da Slacker Media Group, que fatura milhões e já teve mais de 250 mil participantes em suas ativações, ilustra essa importância.
Victor Guardiola, fundador da Bawi, reforça que não basta contratar, é preciso contratar as pessoas certas o mais cedo possível. A empresa, que começou com vendas modestas em feiras livres e hoje caminha para ultrapassar sete dígitos em receita anual, enfrentou obstáculos causados por contratações mal ajustadas.
O impacto financeiro de uma contratação equivocada pode ser profundo: retrabalho, desperdício de recursos, desaceleração de entregas, desgaste interno e até risco reputacional.
A Tinker Tin, liderada pelos irmãos Jaime Holm e Matt Hannula, é hoje uma empresa de US$ 20 milhões, sem dívidas, que atende grandes marcas como a Lexus e projetos em Hollywood. No entanto, o crescimento só acelerou de fato quando a fundadora deixou de acumular funções. “Durante muito tempo operamos com equipe reduzida.
Quando meu irmão assumiu como CEO, pude me concentrar no que faço de melhor, e o negócio deslanchou”, contou Holm. Já Hannula reforça que a relutância em demitir funcionários ineficientes também prejudicou a empresa: “Remover um talento ruim cedo teria nos ajudado a escalar melhor, mais rápido e com mais eficiência.”
A estruturação correta de equipe, com papéis bem definidos e profissionais alinhados aos objetivos estratégicos, é um dos pilares da governança corporativa eficaz, e um fator crítico para a manutenção da rentabilidade em crescimento contínuo.
A gestão financeira de empresas é um fator crucial para o sucesso, e erros nessa área podem levar ao fracasso, mesmo com ideias inovadoras.
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