Em um pronunciamento natalino, a ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, fez referência a momentos de provação e perseguição, em sua fala de Natal, realizada nesta quarta-feira, 24 de dezembro de 2025. O vídeo foi publicado em suas redes sociais, incluindo os canais do PL e PL Mulher, 2 minutos antes da fala do presidente (PT).

Durante o pronunciamento, Michelle Bolsonaro também abordou as condenações relacionadas ao 8 de janeiro. A mensagem focou em temas bíblicos, mencionando “momentos de provação” e “perseguição dos injustos”.

Simultaneamente ao pronunciamento de Michelle Bolsonaro, o ex-presidente (PL) foi internado no hospital DF Star, na Asa Sul de Brasília. Ele passará por exames pré-operatórios antes de ser submetido a uma cirurgia eletiva de hérnia inguinal bilateral na quinta-feira, 25 de dezembro de 2025.

O procedimento exigirá autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O médico Cássio Gontijo, cirurgião do aparelho digestivo e especialista em parede abdominal, informou que a cirurgia deve durar aproximadamente 3 horas.

“Normalmente, esse procedimento costuma demorar uma hora e meia de cada lado da virilha. Então, a expectativa é que leve entre 2h30 e 3 horas para ser realizada. O cuidado maior deve-se muito em relação à idade do ex-presidente e das suas comorbidades, seus problemas de saúde”, afirmou Gontijo.

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De acordo com o laudo pericial da Polícia Federal (PF), Bolsonaro precisa ser submetido a um procedimento cirúrgico chamado de hérnia inguinal. O laudo e os protocolos médicos indicam que o procedimento seguirá a técnica convencional (aberta), que consiste em incisão e reposicionamento: o cirurgião realizará um corte na região da virilha (neste caso, em ambos os lados, por ser bilateral) para localizar a hérnia – que é quando uma parte do intestino ou gordura atravessa um ponto de fraqueza na musculatura.

Esse conteúdo é empurrado de volta para dentro da cavidade abdominal; reforço com tela: o ponto central da cirurgia é a colocação de uma tela de polipropileno (uma rede sintética resistente). Essa tela é fixada sobre a falha muscular para reforçar a parede abdominal, agindo como um “remendo” que impede a saída de tecidos novamente.