O dia 4 de setembro permanece como marco na trajetória do craque Lionel Messi. Na quinta-feira (4), em um estádio Monumental de Núñez repleto, em Buenos Aires, o número 10 disputou seu último jogo pela seleção nacional da Argentina. “Há muitas emoções. Vivi muitas coisas neste campo. É sempre uma alegria jogar na Argentina com o nosso povo”, declarou o jogador, que desde os 16 anos se transferiu ao Barcelona, gerando no torcedor o desejo de vê-lo ainda mais vezes exibindo seu talento no país.

A partida terminou com celebração, com festa nas arquibancadas, música de choro durante o hino nacional ao lado dos filhos, dois gols, abraços e uma vitória fácil sobre a Venezuela por 3 a 0. Messi (39’ e 80’) e Lautaro Martínez (75’) foram os autores dos gols da “Albiceleste”, já classificada para o Mundial do próximo ano. A noite festiva começou ainda na saída das delegações para a entrada em campo. Nesse momento, Messi era apenas sorrisos. Percorreu a frente da fila para levar a seleção ao gramado em encontro e troca de carinho com os filhos Thiago, Mateo e Ciro. Como bom pai, penteou o cabelo do primogênito. Ainda recebeu o cumprimento de alguns venezuelanos.

No gramado, a emoção já era evidente no semblante do craque. Torcedores exibiam faixas e um mosaico em forma de agradecimento pelos 193 jogos — o 194º ocorreria naquela noite —, com 112 gols e outras 58 assistências, além dos seis títulos, o mais importante o tricampeonato na Copa do Mundo de 2022, no Catar. O craque desabou assim que o hino nacional começou. Sob a proteção dos herdeiros no campo e com a mulher, Antonella, registrando tudo das tribunas, Messi baixava a cabeça, respirava fundo e tentava manter a compostura. Estava extremamente emocionado e relutando em conter as lágrimas. Um choro tímido do ídolo que sempre fez seus compatriotas sorrir.

A bola rocou e a missão dos companheiros era concluir a noite de forma ideal com uma vitória por 3 a 0 e dois gols de Messi, a comemoração de despedida do astro pela seleção proporcionou sequência. O camisa 10 procurava oportunidades e realizava boas jogadas com a jovem sensação Mastantuono, de 18 anos e já no Real Madrid, um dos concorrentes a assumir seu posto após o encerramento definitivo em campo – pode ocorrer após a Copa de 2026.

O alívio que todos esperavam surgiu após um erro de Savarino na defesa. A Argentina acelerou e Julián Álvarez recebeu em posição favorável. O atacante driblou o goleiro e percebeu que não podia finalizar, mesmo com a baliza livre. Serviu para Messi, que abriu o placar com sua característica jogada: um belo toque de letra. O time inteiro abraçou o camisa 10. “Messi, Messi, Messi”, cantava o Monumental todo vestido de azul e branco para comemorar o 35º gol do número 10 em Eliminatórias, 113º com a seleção. Humilde, o responsável pela festa apontou e agradeceu ao camisa 9 pelo presente.

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A plateia exaltou Messi ao ser substituído, e Julián Álvarez viu Lautaro Martínez assumir seu lugar, ampliando o placar no primeiro ataque, de voleio. A torcida, em êxtase, ansiava por mais um gol do craque da noite, e ele entregou, desta vez finalizando um passe de Almada. Com punho fechado, braço erguido e amplo sorriso, o novo artilheiro das Eliminatórias, com oito gols, encerrou uma bela e grandiosa celebração que a Argentina espera não ser o fim — ainda podia ser com um hat-trick, mas a marcação no último minuto foi por impedimento.

Os jogadores que o acompanhavam o abraçaram novamente e muitos se emocionaram, incluindo o também importante Lautaro Martínez, autor do gol da partida. “Foi uma noite emocionante, inesquecível pelo que o Leo representa. Até o seu último dia conosco, o Leo continuará nos ensinando. Agradeço a ele pela seleção e ao futebol.”

Fonte por: Jovem Pan