Mercosul e UE Avançam em Acordo Comercial, Mas Demora Europeia Impede Assinatura
Em Foz do Iguaçu, durante a 67ª Cúpula do Mercosul, realizada neste sábado (20 de dezembro de 2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre o andamento das negociações com a União Europeia. A Cúpula, originalmente agendada para o início de dezembro, foi adiada para permitir a participação de líderes europeus, incluindo Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e António Costa, presidente do Conselho Europeu.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O principal obstáculo à assinatura do acordo, segundo Lula, reside em dificuldades enfrentadas pela União Europeia na “distribuição de verbas” para o setor agrícola. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni (Irmãos da Itália), também apresentou problemas com produtores agrícolas, alegando que a distribuição de recursos na UE estava impactando negativamente a Itália.
Lula informou que teve uma conversa telefônica com Meloni na quinta-feira (28 de dezembro) e que a expectativa de Von der Leyen é que a situação seja resolvida em janeiro, permitindo a assinatura do acordo. Apesar disso, o presidente criticou a demora europeia, ressaltando que a conclusão da negociação, que já se arrasta há 26 anos, depende de “vontade política e coragem”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Enquanto a União Europeia aguarda uma decisão, o Mercosul planeja continuar expandindo suas parcerias comerciais. O bloco já firmou um acordo com a EFTA e está em negociações com países como Índia, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Japão e Vietnã.
Segundo Lula, o Mercosul continua relevante em um cenário global onde muitos mercados estão fechados.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
O presidente destacou que, nos primeiros 10 meses de 2025, o fluxo comercial externo do Mercosul ultrapassou US$ 630 bilhões. Ele enfatizou que o bloco busca defender o multilateralismo em um contexto de desafios comerciais.
