Reuniões do Mercosul Adiantadas Após Adiamento do Acordo com a União Europeia

Presidentes e ministros dos países do Mercosul iniciaram, nesta sexta-feira, 19, uma série de reuniões em Foz do Iguaçu, no Paraná. Essa medida ocorreu após o adiamento da assinatura do acordo comercial com a União Europeia, que estava prevista para o sábado.

A decisão de adiar a assinatura foi solicitada pela UE devido à oposição de agricultores, principalmente na França e na Itália.

Desafios Internos e Atraso na Assinatura

Representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai estavam prontos para assinar o acordo durante a cúpula. A Comissão Europeia e a maioria dos países membros da União Europeia também estavam presentes. No entanto, a pressão interna na Europa, especialmente a resistência de agricultores, levou a um adiamento da assinatura para janeiro.

Liderança Brasileira e Expectativas

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que detém a presidência rotativa do Mercosul, transmitirá o pedido de adiamento aos demais líderes do bloco, buscando definir os próximos passos. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, solicitou “paciência” durante uma semana a um mês antes da assinatura do pacto.

Críticas ao Acordo e Demandas dos Agricultores

O acordo, em negociação há 25 anos, criaria a maior zona de livre comércio do mundo. No entanto, a oposição ao acordo vem principalmente de França, Itália, Polônia e Hungria. A Comissão Europeia, a Alemanha e a Espanha, entre outros, são favoráveis ao projeto.

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Salvaguardas e Medidas de Proteção

Para tentar atender às preocupações dos agricultores locais, o Conselho Europeu anunciou uma série de ajustes nas salvaguardas do acordo, em uma nova tentativa de viabilizar o projeto. Essas salvaguardas determinam que, caso a importação de um determinado produto esteja subindo muito ou os preços caiam além do ideal, poderá ser aberta uma investigação pela União Europeia, que pode rever a retirada da tarifa ou aplicar outras medidas.

Impacto Econômico e Potencial do Acordo

O tratado facilitará a circulação de produtos entre Brasil e Europa. Juntos, os blocos representam cerca de 722 milhões de pessoas e economias que somam aproximadamente US$ 22 trilhões. Serão eliminadas as tarifas de importação para mais de 90% dos produtos vendidos entre os dois blocos.

Conclusão

Apesar dos desafios e do adiamento, o Mercosul busca avançar com o acordo com a União Europeia, visando um aumento nas exportações brasileiras e um potencial de crescimento econômico para ambos os blocos. A negociação continua com foco em garantir a proteção dos agricultores e em estabelecer um acordo comercial vantajoso para todos os países envolvidos.