Mercado Livre Apresenta Lucro Líquido Abaixo do Esperado
O Mercado Livre divulgou nesta quarta-feira (29) um lucro líquido que não atingiu as expectativas, influenciado por variações cambiais e uma menor demanda no mercado argentino. A empresa, com sede no Uruguai e líder em valor de mercado na América Latina, reportou um lucro líquido de US$ 421 milhões no trimestre que compreende julho a setembro, representando um aumento de 6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
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Apesar do crescimento, o valor ficou abaixo da projeção de US$ 481 milhões estimada por analistas da LSEG.
A receita líquida da empresa, que opera a plataforma de comércio eletrônico e a fintech Mercado Pago, registrou um crescimento de 39%, atingindo US$ 7,4 bilhões. Esse aumento superou as estimativas de US$ 7,2 bilhões. As vendas, medidas pelo GMV (valor bruto de mercadorias), subiram 35% em moeda constante, demonstrando o dinamismo da plataforma.
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O diretor financeiro, Martin de los Santos, afirmou à Reuters: “Fizemos investimentos no Brasil e já estamos vendo o retorno desses investimentos”. A empresa também destacou o desempenho positivo na Argentina, onde o GMV aumentou 34% em junho, o principal mercado da empresa, e houve um crescimento significativo no número de compradores únicos desde o início de 2021.
No entanto, a iniciativa de oferecer frete grátis no Brasil continuou a impactar negativamente a rentabilidade, com a margem operacional (EBIT) caindo para 9,8%, o menor valor desde o quarto trimestre de 2023. A instabilidade econômica na Argentina, que levou a uma demanda mais fraca, e o aumento da alíquota de impostos também contribuíram para a contração da margem.
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As operações no México, por outro lado, tiveram um impacto positivo.
O Ebit (lucro antes de juros e impostos) da empresa aumentou 30% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 724 milhões, mas ficou abaixo da expectativa de US$ 752 milhões. A desvalorização do peso argentino e a maior alíquota de impostos impactaram negativamente o lucro líquido.
No Mercado Pago, a carteira de crédito cresceu 83% em relação ao ano anterior, para US$ 11 bilhões, impulsionada principalmente por cartões de crédito. A taxa de inadimplência de 15 a 90 dias diminuiu de 7,8% para 6,8%. O volume total de pagamentos das operações de adquirência cresceu 32%, atingindo US$ 47,7 bilhões.
