Mercados atentos à IA: Fed e Copom sob escrutínio. Investidores priorizam risco após alertas sobre custos de IA na tecnologia. Jerome Powell foca em IA.
Os mercados financeiros internacionais demonstraram cautela nesta quinta-feira, 11, com investidores priorizando a aversão ao risco em detrimento do otimismo inicial gerado pela recente flexibilização monetária implementada pelo Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos.
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A principal razão para essa postura cautelosa reside na crescente preocupação com os elevados custos e o retorno do investimento em Inteligência Artificial (IA) no setor de tecnologia americano.
O setor de tecnologia sofreu um impacto negativo após a divulgação de resultados corporativos. A Oracle (ORCL34) registrou uma queda superior a 10% no período pós-mercado (after-market) após apresentar receitas de cloud e infraestrutura ligeiramente inferiores às expectativas.
Adicionalmente, a empresa anunciou um aumento drástico em sua projeção de gastos (Capex) com data centers dedicados à IA para o ano fiscal de 2026, elevando o investimento total para US$ 50 bilhões.
Segundo Eduardo Marzbanian, analista da Eleven Financial Research, a situação indica uma mudança no sentimento do mercado. “O risco associado aos custos da IA está ganhando destaque em relação ao otimismo relacionado à flexibilização monetária”, declarou Marzbanian.
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Ele ressaltou que o receio em torno da tecnologia se tornou mais prevalente.
A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual foi aprovada por uma margem de 9 votos contra 3. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou que o foco principal da discussão é determinar se a redução deve ser mantida ou se novas cortes são necessárias.
Powell descartou a possibilidade de um aumento nas taxas como cenário mais provável.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 15% e adotou uma postura mais conservadora (hawkish), sem fornecer indicações claras sobre os próximos passos. O Copom reiterou que não hesitará em retomar o ciclo de alta da taxa Selic, mesmo que o mercado já esteja prevendo cortes para janeiro e uma Selic final em 12,5% em 2027.
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