Mercado Financeiro reduz projeções de inflação para 2025. A expectativa para o IPCA diminui para 4,33%, com cortes nas projeções para 2026 e 2028.
O mercado financeiro revisou suas projeções para a inflação no Brasil, com uma redução nas estimativas para 2025. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial da inflação no país, diminuiu de 4,36% para 4,33%.
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Essa estimativa, divulgada nesta segunda-feira (22) pelo boletim Focus, pesquisa semanalmente publicada pelo Banco Central (BC) com as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, demonstra uma tendência de desaceleração da inflação.
As projeções também se estenderam para os anos de 2026 e 2028, com quedas de 4,1% para 4,06% em 2026 e de 3,8% e 3,5% em 2027 e 2028, respectivamente. A redução da inflação alcançou o intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que significa que o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%.
Em novembro, o aumento nos preços das passagens aéreas contribuiu para a inflação, que atingiu 0,18%. Em outubro, o IPCA havia sido de 0,09%. Com esses resultados, a inflação acumulada em 12 meses é de 4,46%, dentro da meta do CMN.
Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic como principal instrumento, atualmente em 15% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A redução da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela quarta vez seguida, na reunião de início deste mês.
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O colegiado não apresentou previsões sobre quando deve começar a cortar os juros.
O Banco Central informou que o cenário atual é marcado por incerteza, exigindo cautela na política monetária. A estratégia da instituição é manter a Selic neste patamar por um período. A taxa básica de juros está no maior nível desde 2006, quando estava em 15,25% ao ano.
Os analistas de mercado estimam que a taxa básica caia para 12,25% ao ano até o final de 2026. Para 2027 e 2028, a previsão é de redução para 10,5% e 9,75% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços. Juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. Os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,25% para 2,26%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos no país, ficou em 1,8%.
Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,81% e 2%, respectivamente.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,43 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.
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