Brasil lidera crescimento de criptoativos em 2025, com destaque para stablecoins. Transações de US$ 318,8 bilhões impulsionam mercado, conforme Chainalysis.
Em 2025, o mercado de criptoativos no Brasil experimentou um crescimento notável, consolidando-se como um componente significativo da economia nacional. Entre julho de 2024 e junho de 2025, o país registrou um volume de transações de criptoativos de aproximadamente US$ 318,8 bilhões, representando um aumento de 109,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados da Chainalysis.
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Esse avanço indica uma mudança na dinâmica do mercado, com a participação de investidores, empresas e consumidores, além de viajantes, buscando alternativas para lidar com a volatilidade, custos e barreiras do sistema financeiro tradicional.
Stablecoins e Transações
As stablecoins emergiram como protagonistas dessa narrativa. Atualmente, representam mais de 90% das transações de cripto no Brasil. Essas moedas digitais, frequentemente referenciadas em dólar, são utilizadas tanto para proteção cambial quanto para pagamentos internacionais.
O aumento do interesse por stablecoins é impulsionado pela preferência dos brasileiros por instrumentos de estabilidade e liquidez, juntamente com a conjuntura econômica que favorece a busca por ativos menos suscetíveis à volatilidade interna.
Marco Regulatório e Desenvolvimento
Durante 2025, o Banco Central do Brasil conduziu consultas públicas amplas e transparentes, visando construir um marco regulatório robusto para o setor. O objetivo era fornecer clareza, padronização e segurança jurídica para empresas e consumidores.
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As discussões sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a tributação também geraram debates, buscando equilibrar a inovação, a arrecadação e a competitividade internacional. O resultado foi um avanço na estruturação regulatória, alinhada às práticas globais e com potencial para atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento tecnológico no país.
Adoção e Inclusão Financeira
Em 2025, os criptoativos, especialmente as stablecoins, começaram a ser utilizados em contextos práticos do dia a dia, como pagamentos internacionais e operações comerciais que exigem previsibilidade e liquidez. Novas soluções de pagamento atreladas ao dólar surgiram, aumentando a eficiência para os usuários.
Além disso, cartões globais com pagamento em cripto ganharam adesão. Essa utilização das stablecoins contribui para a inclusão financeira, reduz custos operacionais e abre novas oportunidades para pequenas e médias empresas.
Olhando para 2026, o Brasil tem a oportunidade de consolidar essa posição. A combinação de tecnologia amadurecida, regulação mais clara e a crescente demanda por soluções financeiras digitais criam um cenário favorável para que os ativos digitais deixem de ser vistos como alternativas e se tornem parte integrante da infraestrutura financeira do país.
Para alcançar esse objetivo, o Brasil deve equilibrar a inovação com a estabilidade regulatória, evitando reviravoltas tributárias e promovendo o diálogo técnico com o setor.
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