Volatilidade em criptomoedas: especialistas analisam alta em outubro, mês positivo para o setor.
O Bitcoin negociado em US$ 109 mil, com uma alta de 0,7% nas últimas 24 horas (dados do CoinMarketCap), demonstra uma estabilidade relativa após um período de altos e baixos. O mercado de criptoativos sinaliza uma possível recuperação, ainda que dentro de uma fase de consolidação no curto prazo. A média móvel de 200 dias, em torno de US$ 108.3 mil, continua sendo um suporte técnico importante para a tendência de longo prazo da criptomoeda.
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Matheus Parizotto, analista da Mynt (BTG Pactual), destaca que os fluxos de capital estão mais defensivos, com saídas de capital em ETFs de bitcoin e menor atividade de tesourarias corporativas. Essa dinâmica aumenta a sensibilidade dos preços a choques macroeconômicos, especialmente em relação a notícias sobre tarifas comerciais.
Para uma recuperação consistente, o Bitcoin precisa manter-se acima da média de 200 dias e retomar os fluxos de compra via ETFs e tesourarias, como observado anteriormente. O principal risco no curto prazo permanece a disputa comercial entre EUA e China.
O mercado cripto está influenciado por eventos globais, como o recuo dos mercados asiáticos, pressionados por resultados fracos de empresas de tecnologia nos EUA e novas ameaças de sanções americanas à exportação de tecnologia para a China. O barril de petróleo Brent subiu quase 3% devido às tensões, aumentando as preocupações com os custos nas economias importadoras de energia.
André Franco, CEO da Boost Research, aponta que o bitcoin apresenta expectativa neutra a levemente negativa, devido às tensões comerciais e resultados decepcionantes do setor de tecnologia. A valorização do dólar e o arrefecimento da “fuga para o refúgio” em ouro também podem reduzir a pressão de saída de capital do mercado cripto.
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Espera-se uma consolidação do bitcoin na faixa de US$ 105 mil a US$ 112 mil, com possibilidade de leve queda em caso de agravamento dos choques ou de recuperação moderada com notícias positivas ou alívio nas tensões comerciais.
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