Megaoperação Resulta em 121 Mortes e Revela Uso de Drones
Uma megaoperação, deflagrada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou na morte de 121 pessoas, consolidando-se como a mais letal da história do estado. A ação foi motivada por uma denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que revelou o uso de drones equipados com câmeras de visão noturna e térmica para monitorar a atuação policial durante a noite.
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Mensagens em Grupo de WhatsApp Revelam Plano Estratégico
Segundo o MPRJ, integrantes da facção criminosa trocavam mensagens em um grupo de WhatsApp, discutindo a compra e o uso dos equipamentos. Além do monitoramento policial, os grupos eram utilizados para coordenar a venda de drogas, organizar escalas de plantão nas bocas de fumo, definir pontos de vigilância armada e orientar o treinamento de novos integrantes.
A facção buscava ampliar o controle sobre os territórios e reforçar o monitoramento das forças de segurança.
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Doca e Gadernal Citados como Lideranças
Doca é apontado como a principal liderança em liberdade, enquanto outras 68 pessoas foram denunciadas por associação ao tráfico. Carlos da Costa Neves, conhecido como Gadernal, é citado como gerente geral do tráfico no Complexo da Penha e responsável pela expansão da facção na região de Jacarepaguá, ao lado de Edgar “Doca” e Juan Breno “BMW”.
Disputas por Tecnologia e Equipamentos
Em um dos diálogos, Gadernal lamenta a limitação dos drones disponíveis e defende a necessidade de adquirir modelos mais avançados: “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”. Ele acrescenta: “O BX vai comprar o noturno. Estamos esperando aí comprar.” Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão, concorda com a proposta: “O meu não é noturno, não, cara.
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Nós temos que comprar o noturno. O Nicolas até ficou de ver essa parada.” Outro integrante complementa: “De dia nós vamos ver limpo, mas de noite nós vamos ver escuro. Temos que ter o térmico, o que nós vamos conseguir ver.”
Tentativa de Lançamento de Explosivos
As mensagens mostram que os líderes do CV buscavam ampliar o controle sobre os territórios e reforçar o monitoramento das forças de segurança. Durante a megaoperação, segundo o MPRJ, criminosos chegaram a usar drones para lançar explosivos contra os agentes.
