Megaoperação no Rio deixa 119 mortos, incluindo policiais. Operação nos Complexos Alemão e Penha é a mais letal da história do estado. 113 prisões e apreensão de armas
Uma megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, já é considerada a mais letal da história do estado. O governo fluminense informou que o número de vítimas fatais ultrapassa as 119 pessoas, incluindo quatro policiais – dois civis e dois militares.
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Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (29), o secretário da Polícia Militar do Rio, coronel Marcelo de Menezes, detalhou a estratégia utilizada pelas forças especiais. Segundo ele, as equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e outras unidades montaram um “muro” para cercar criminosos associados ao Comando Vermelho (CV).
A operação envolveu o avanço de equipes pela Serra da Misericórdia, uma área de mata que conecta os dois complexos. O objetivo, conforme explicado por Menezes, era direcionar os traficantes para áreas florestais, afastando-os de regiões habitadas e minimizando os riscos para a população.
A reação dos suspeitos durante o cumprimento dos mandados de prisão desencadeou intensos confrontos. A operação contou com o apoio de helicópteros, tropas especializadas e inteligência, e foi planejada ao longo de aproximadamente 60 dias.
O foco da operação era desarticular as lideranças do CV que se encontravam abrigados na região e que coordenavam crimes dentro e fora do estado.
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Após os tiroteios, moradores relataram a presença de múltiplos corpos em uma área de mata no Complexo da Penha. Testemunhas afirmaram que pelo menos 72 cadáveres foram encontrados, muitos com sinais de disparos e ferimentos.
Imagens capturadas por drones mostram corpos dispostos em fila, cobertos por lonas antes de serem encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML). Dados oficiais indicam que a operação resultou em 113 prisões, incluindo 33 suspeitos de origens em outros estados.
As forças de segurança apreenderam 118 armas (90 fuzis, 26 pistolas e um revólver), 14 artefatos explosivos, centenas de carregadores e um grande volume de munições, ainda em contagem.
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