Você já sentiu um arrepio intenso que te percorre da cabeça aos pés ao avistar um rato ou uma lagarta se arrastando pelo chão? Em alguns casos, essa reação pode até culminar em uma espécie de “paralisia”. Essa experiência é bastante comum, e muitos de nós já a vivenciamos.
Muitas pessoas, incluindo eu, relatam tremer por alguns segundos diante de animais considerados nojentos ou repulsivos. Mas afinal, o que explica essa reação involuntária do nosso corpo? A resposta reside em mecanismos complexos do cérebro.
De acordo com estudos em neurociência, emoções como medo e nojo ativam uma região do cérebro chamada amígdala. Essa área funciona como um “alarme” que dispara respostas automáticas de defesa. Mesmo que o animal não represente uma ameaça real, o cérebro interpreta sua presença como perigosa.
Essa ativação desencadeia a liberação de adrenalina e noradrenalina, hormônios que preparam o corpo para reagir em situações de risco. É o famoso estado de luta ou fuga, responsável por sintomas como aceleração dos batimentos cardíacos, suor frio e, em muitos casos, tremores.
O nojo evoluiu como uma emoção protetiva. Ele nos afasta de substâncias, ambientes e seres que poderiam transmitir doenças. Animais como baratas e ratos, por exemplo, carregam esse estigma biológico. Quando sentimos nojo intenso, ocorre uma descarga muscular involuntária.
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O corpo contrai rapidamente e depois libera a tensão, gerando o tremor por alguns segundos. Pesquisadores como Paul Rozin destacam que o nojo não é apenas um sentimento psicológico, mas também uma resposta física automática que ajuda na autopreservação.