Médicos de Bolsonaro alertam para riscos de combinação de medicamentos após incidente com tornozeleira eletrônica. Relatório detalha riscos de Pregabalina, Clorpromazina, Gabapentina e Sertralina
Em um relatório divulgado neste domingo (23.nov.2025), a equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro apontou que a combinação de medicamentos que ele estava consumindo pode ter sido responsável por um quadro de “confusão mental” e “alucinações”, levando ao incidente que resultou na violação da tornozeleira eletrônica.
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O documento detalha os riscos associados à utilização concomitante de Pregabalina, Clorpromazina, Gabapentina e Sertralina.
Os médicos relatam que a Pregabalina, utilizada para tratar dores, em conjunto com a Clorpromazina e a Gabapentina, que eram prescritas para episódios de soluço, “tem como efeitos colaterais reconhecidos a alteração do estado mental, com possibilidade de confusão, desorientação, coordenação anormal, sedação, transtorno de equilíbrio, alucinações e transtornos cognitivos”.
A Sertralina, um antidepressivo, também fazia parte do tratamento.
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O relatório lista uma série de efeitos adversos potenciais, incluindo confusão mental, alucinações, amnésia, tontura, sonolência, tremores, alterações de humor, instabilidade emocional, problemas gastrointestinais, disfunção sexual e reações na pele.
A Sertralina pode causar enjoo, diarreia, tontura e fadiga, enquanto a Clorpromazina pode levar a ganho de peso, sedação e movimentos involuntários.
A Gabapentina, utilizada para tratar dores neuropáticas e crises convulsivas, pode causar confusão mental e alucinações. A Pregabalina, além de tratar dores, é utilizada no tratamento de ondas de calor da menopausa. A Sertralina, um antidepressivo ISRS, age aumentando a serotonina no cérebro, auxiliando no tratamento da depressão e ansiedade.
A Clorpromazina, um antipsicótico de baixa potência, é utilizada no controle de psicoses e no tratamento da eclampsia.
O incidente que levou à violação da tornozeleira eletrônica ocorreu após a ingestão dos medicamentos, que interagiram inadequadamente, conforme declarado por Bolsonaro durante uma audiência. O ex-presidente relatou uma “paranoia” e a utilização de um ferro de soldar para manipular o aparelho.
O relatório médico enfatiza a importância de uma avaliação cuidadosa da combinação de medicamentos e seus potenciais efeitos colaterais.
Bolsonaro negou qualquer intenção de fuga durante sua audiência de custódia, e o documento médico busca esclarecer os eventos que levaram à sua prisão, destacando os riscos associados à utilização de múltiplos medicamentos.
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