MEC muda currículo médico com foco em inclusão e saúde mental
MEC revisa currículo médico após década, prioriza inclusão, saúde mental e qualidade dos cursos em todo o Brasil.

MEC Homologa Novas Diretrizes Curriculares para Graduação em Medicina
O Ministério da Educação (MEC) oficializou nesta segunda-feira (29) as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a graduação em medicina. A aprovação, ocorrida em agosto com o Conselho Nacional de Educação (CNE), representa uma atualização da formação médica no país após quase dez anos da resolução anterior. Essas mudanças reforçam a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS) e preveem experiências práticas desde o início do curso, abrangendo desde a atenção primária até áreas de maior complexidade, como terapia intensiva.
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Experiências Práticas e Padronização
O percurso garantido por essas diretrizes visa equipar o egresso com competências para atuar em todo o espectro da atenção em saúde, desde a prevenção até a reabilitação. Uma das principais inovações é a criação do Enamed (Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica), uma prova realizada no quarto ano da graduação, antes do internato.
Enamed e Avaliação
O objetivo do Enamed é padronizar competências e permitir correções no percurso de formação. Cursos com desempenho insuficiente estarão sujeitos a acompanhamento especial e visitas in loco. A prova será baseada em critérios definidos para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), observando as DCNs, normativos e legislações de regulamentação do exercício profissional.
Temas Contemporâneos e Inclusão
As novas diretrizes incorporam temas contemporâneos, como inteligência artificial, análise de dados em larga escala, mudanças climáticas e sustentabilidade. Além disso, há uma ênfase na valorização da diversidade, com a obrigatoriedade de políticas de inclusão, núcleos de apoio psicossocial e programas de mentoria e saúde mental para os alunos. O objetivo é adequar a formação médica às transformações da sociedade e às demandas atuais da saúde.
Reações e Impacto
O ministro da Educação, Camilo Santana, classificou a homologação como “um grande salto” para a profissão, ressaltando que o processo de revisão foi resultado de consultas públicas, audiências e reuniões com universidades, entidades médicas e representantes da sociedade civil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a aprovação das novas diretrizes permite alinhar a educação médica às necessidades sociais de saúde, ao fortalecimento do SUS e aos desafios contemporâneos.
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