E-sports: Desafios e Integração Regulatória no Brasil
Em entrevista ao Poder360, realizada durante o BiS Brasília, o Gerente Sênior de Desenvolvimento de Negócios da Oddin.gg, Maurício Lima, destacou os principais desafios do setor de e-sports, que incluem a necessidade de educar o público sobre o mercado e garantir a integridade das competições eletrônicas. A declaração ocorreu em 22 de outubro de 2025.
Lima, com mais de 10 anos de experiência no mercado de esportes, observou que a entrada no mercado de gaming, há apenas 8 meses, revelou um desafio central: explicar o conceito de e-sports e sua diferença em relação ao esporte tradicional. Ele enfatizou a ausência de uma entidade central como a Confederação Brasileira de Futebol, que organiza e representa o futebol.
O executivo mencionou empresas como Riot Games, Valve e Epic Games como as principais desenvolvedoras de jogos e organizadoras de torneios. Ele ressaltou o crescimento do público brasileiro, notando que os e-sports atraem não apenas jovens, mas também adultos que utilizam videogames como parte do lazer. Lima afirmou ter acompanhado torneios desde os anos 2000.
A Oddin.gg, presente em 4 continentes, atua na prevenção de manipulações de resultados em campeonatos de e-sports. Segundo Lima, a empresa utiliza tecnologia e equipes preparadas para o gerenciamento de risco, empregando aprendizado de máquina e análises estatísticas para detectar comportamentos anormais em apostas. Em casos de histórico de manipulação, a empresa pode até mesmo impedir a abertura de partidas para o mercado.
Lima avaliou que o Brasil ainda está em fase de amadurecimento regulatório em relação aos esportes eletrônicos, citando a recente regulamentação, implementada em janeiro, como um marco. Ele enfatizou o diálogo da Oddin.gg com associações e autoridades públicas, visando contribuir para o desenvolvimento do setor e criar soluções que atendam aos interesses de desenvolvedores, governo, operadores e consumidores.