Mata Atlântica perde 8,1% de sua área em 40 anos, aponta estudo

Desmatamento atinge 8,1% da área registrada, aponta estudo do MapBiomas. Políticas de conservação são cruciais.

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(Imagem de reprodução da internet).

O bioma da Mata Atlântica sofreu uma significativa perda de área nas últimas quatro décadas. Segundo um levantamento do MapBiomas, divulgado em 28 de março, a redução total foi de 2,4 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 8,1% em relação à área original registrada no início da série histórica.

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A vegetação natural do bioma agora compreende apenas 31% de sua área original.

Desmatamento e Tendências

Entre 1985 e 2024, o ritmo de desmatamento variou ao longo das quatro décadas. Apesar da desaceleração, os últimos cinco anos registraram uma média de 190 mil hectares desmatados anualmente. A maior parte do desmatamento em 2024 ainda ocorre em florestas maduras, com mais de 40 anos, que abrigam uma grande diversidade de espécies, armazenam carbono e fornecem serviços ecossistêmicos essenciais.

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Impacto da Agricultura

A expansão agrícola tem sido uma das principais forças transformadoras do bioma. A área cultivada quase dobrou desde 1985. A soja (343%), a cana-de-açúcar (256%) e o café (105%) são lavouras que aumentaram significativamente, enquanto as pastagens perderam 8,5 milhões de hectares no mesmo período.

Expansão da Silvicultura

A silvicultura também ganhou espaço, com um aumento de cinco vezes na área destinada ao cultivo comercial de árvores em 40 anos. Essa atividade já representa mais da metade de toda a atividade no país.

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Crescimento Urbano

O crescimento urbano na Mata Atlântica também se intensificou, dobrando de área desde 1985. A maior parte dos municípios (77%) expandiram suas áreas urbanizadas. Apenas três capitais – São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba – possuem áreas urbanizadas com mais de 30 mil hectares.

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