MapBiomas aponta perda de 2,4 milhões de hectares de floresta entre 1985 e 2024.
Um estudo do MapBiomas revelou que a Mata Atlântica sofreu uma drástica redução em sua cobertura vegetal natural ao longo de quatro décadas. O levantamento indica uma perda de 2,4 milhões de hectares de florestas entre 1985 e 2024, representando 11,5% da vegetação nativa do bioma.
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O estudo detalha que o ritmo de desmatamento variou ao longo das décadas. A década entre 1985 e 1994 foi a mais intensa, com a conversão de 4,7 milhões de hectares para uso agropecuário. No entanto, entre 1995 e 2004, houve um período de recuperação, com um ganho de 200 mil hectares.
Entre 2005 e 2014, o desmatamento e a recuperação se equilibraram.
Apenas os estados do Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram aumento na área de vegetação nativa nas últimas quatro décadas. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia se destacaram com as maiores proporções de vegetação nativa em 2024, com 45%, 40% e 39% respectivamente.
A Mata Atlântica concentra atualmente um terço da agricultura do Brasil. Em 40 anos, a área agrícola expandiu-se em cerca de 10 milhões de hectares, um crescimento de 96% em relação a 1985. A soja foi a cultura que mais cresceu, com um aumento de 343%, e a cana-de-açúcar também avançou significativamente.
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A silvicultura, cultivo de árvores para fins comerciais, disparou, ocupando 4,5 milhões de hectares.
A Mata Atlântica concentra atualmente 51% da área urbanizada do Brasil, que duplicou nos últimos 40 anos, com um aumento de 1,3 milhão de hectares. A maior parte da urbanização concentra-se em três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
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