Marina Silva e a Urgência na Amazônia: Desafios e Retorno de Lula

Marina Silva busca conter lágrimas na COP30; Brasil restaura liderança na política climática global. Acordo agridoce marca retorno de Marina e Lula

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(Imagem de reprodução da internet).

A COP30 e os Desafios da Amazônia

A Cúpula Global sobre o Clima COP30, realizada em Belém, Brasil, apresentou um momento de catarse para os anfitriões, com a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, buscando conter as lágrimas diante do aplauso dos diplomatas ao redor do mundo.

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Apesar de um resultado agridoce, marcado pela ausência de menções aos combustíveis fósseis no acordo, a cúpula coroou anos de trabalho de Marina e do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para restaurar a liderança do Brasil na política climática global, que havia sido prejudicada pelo governo anterior.

A situação atual exige uma abordagem urgente, considerando as tensões crescentes entre o Congresso, predominantemente conservador, e o governo Lula, especialmente em vista das eleições do ano que vem.

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Retorno de Marina e a Transformação Ecológica

Marina Silva, nascida no Acre em 1958, e que superou dificuldades de infância para alcançar reconhecimento global como ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008, retornou a se reunir com Lula em 2022. Esse retorno é considerado um momento crucial na política ambiental do atual mandato de Lula, que tem apresentado sua agenda como uma “transformação ecológica” da economia brasileira.

O governo Lula reduziu pela metade o desmatamento na Amazônia, facilitando a aplicação de multas aos desmatadores e restringindo seu acesso ao crédito público, além de incentivar o reflorestamento e práticas agrícolas sustentáveis.

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Desafios e Tensões no Combate ao Desmatamento

Apesar dos avanços, o governo enfrenta desafios significativos, incluindo a pressão do Congresso para desmantelar o sistema de licenciamento ambiental e o crescente crime organizado na Amazônia, com desmatadores encontrando novas maneiras de se infiltrar na floresta.

Cientistas e especialistas alertam para a necessidade de agir para desencorajar o desmatamento antes que as mudanças climáticas transformem a Amazônia em um “barril de pólvora”. A situação é agravada pela falta de apoio do governo federal em momentos críticos, como quando o Ibama demorou a licenciar a exploração de petróleo na costa amazônica, sendo respondido com a reformulação completa da legislação do licenciamento ambiental.

O Futuro da Amazônia e a Urgência da Ação

O ano de 2024, marcado pelo recorde de temperaturas globais e incêndios devastadores na Amazônia, reforça a urgência da ação. O crime organizado, com o aumento do armamento na região, e a infiltração de desmatadores em cadeias de suprimentos sustentáveis, representam desafios adicionais.

Para superar esses obstáculos, o Brasil precisará fortalecer sua vontade política e garantir que todos os esforços estejam alinhados com a ciência e o bom senso, como sugeriu a própria Marina Silva, que acredita que a realidade mudou e que as pessoas se orientadas por critérios de urgência e ética, vão nessa progressividade.

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