Marina Silva alerta sobre crise ambiental e urgência de alinhar finanças globais com sustentabilidade no PRI in Person 2025 em São Paulo.
Durante o evento PRI in Person 2025, realizado em São Paulo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, apresentou um alerta sobre a urgência da crise ambiental, enfatizando a necessidade de alinhar o capital financeiro global com o desenvolvimento sustentável.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A ministra participou de um painel sobre finanças verdes, destacando a gravidade da situação climática.
A ministra ressaltou que eventos recentes, como as enchentes no Rio Grande do Sul e as secas na Amazônia, evidenciam um modelo econômico que considerava os recursos naturais inesgotáveis. Segundo ela, a mudança climática é um sintoma desse modelo, onde a vida e o bem-estar humano dependem da saúde do planeta.
O governo brasileiro propõe uma transformação que vai além da proteção ambiental, buscando integrar crescimento econômico, inclusão social e sustentabilidade. O Plano de Transformação Ecológica, em parceria com o Ministério da Fazenda, possui seis eixos, incluindo finanças sustentáveis, transição energética e infraestrutura verde.
A iniciativa pode gerar mais de 2 milhões de novos empregos e impulsionar o PIB de forma sustentável.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A ministra apresentou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma proposta inovadora. Diferente de mecanismos que apenas remuneram a parada do desmatamento, o TFFF recompensa a preservação. O fundo, de natureza mista, visa captar capital para investimentos em ativos florestais, com rendimentos destinados a países com florestas em pé, garantindo a manutenção desses ecossistemas.
A iniciativa oferece um duplo retorno: para o planeta e para a economia.
O Brasil pretende zerar o desmatamento até 2030 e reduzir as emissões de CO₂ entre 55% e 67% até 2035. Em três anos, o país registrou uma queda de 50% no desmatamento da Amazônia. A taxonomia sustentável brasileira, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, define critérios para orientar investimentos verdes e evitar o “greenwashing”.
A ministra enfatizou que o setor financeiro deve agir de forma ativa, pavimentando o caminho para a COP30. O desafio global é utilizar os recursos gerados pela natureza para preservar, restaurar e reconstruir o desenvolvimento, oferecendo oportunidades de investimento e ação concreta.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!