María Corina: “Cartel de Estado” controla 24% da cocaína global

Venezuelana vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2025 afirma que 24% da cocaína mundial atravessa o país, segundo reportagem do Poder360.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Vencedora do Nobel da Paz, María Corina Machado Denuncia Regime Maduro como “Organização Criminosa”

Em uma entrevista ao portal de notícias argentino Infobae, a venezuelana María Corina Machado, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2025, apresentou uma análise contundente sobre o regime de Nicolás Maduro (PSUV, esquerda). A líder opositora descreveu o governo Maduro não como uma ditadura convencional, mas como uma organização caracterizada por uma “dinâmica absolutamente criminosa”, que se tornou mais complexa e perigosa, representando uma ameaça não apenas para a Venezuela, mas para todo o hemisfério ocidental.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Denúncias de Envolvimento com o Tráfico de Drogas e Organizações Terroristas

Machado afirmou que a Venezuela se tornou um canal crucial para o narcotráfico, com 24% da cocaína mundial passando pelo país, conforme dados do FBI (Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos). Ela enfatizou que, apesar das negações de alguns envolvidos, a evidência demonstra uma realidade criminosa. Além disso, a líder opositora acusou o governo venezuelano de estar envolvido com organizações consideradas terroristas, utilizando o Palácio Miraflores como centro de comando do Tren de Aragua, que cometeu crimes em diversos países, incluindo o Chile, onde foi denunciado pelo Tribunal Penal Internacional, com a participação do atual ministro da Justiça, Diosdado Cabello.

Ameaça Regional e Plano de Estabilização

Machado descreveu a Venezuela como um “hub do crime das Américas”, representando uma ameaça para países como Argentina, Brasil, Colômbia, América Central, Caribe e Estados Unidos. Ela acredita que o regime não possui legitimidade nem apoio popular, sustentado por uma “repressão brutal” financiada por atividades ilegais como contrabando, minerais, ouro, armas, tráfico de pessoas e o mercado negro do petróleo. A líder opositora também delineou um plano de estabilização, com a colaboração de policiais, militares e funcionários públicos, para neutralizar grupos que tentariam desestabilizar o país, especialmente nas primeiras 100 horas e 100 dias após a queda de Maduro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Reconhecimento do Nobel e Críticas a Trump

A obtenção do Prêmio Nobel da Paz impulsionou significativamente a causa venezuelana, segundo Machado, que compartilhou o reconhecimento com “milhões de venezuelanos que arriscaram sua liberdade e vidas por 26 anos”. A líder opositora também mencionou o papel do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na resolução de conflitos complexos, elogiando sua “liderança” nesse processo. Ela dedicou o prêmio a Trump em reconhecimento a um “ato de justiça”.

Plano de Estabilização e Visão para o Futuro

Machado expressou confiança de que a Venezuela será livre e que a queda de Maduro é inevitável. Ela rejeitou a comparação com casos como a Líbia, Afeganistão ou Iraque, argumentando que a Venezuela não possui diferenças religiosas, étnicas ou regionais que justifiquem essa analogia. A líder opositora enfatizou a importância da união e da preparação para as primeiras 100 horas e 100 dias após a transição, com o objetivo de neutralizar grupos que buscam desestabilizar o país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Sair da versão mobile