Maria Branyas: Cientista diz que DNA da mulher mais idosa era 20 anos mais jovem

Maria Branyas, que viveu até os 117 anos, pediu que seu estudo fosse realizado. Pesquisadores analisam o que encontraram em seu código genético. Leia no Poder36…

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(Imagem de reprodução da internet).

Maria Branyas, a Supercentenária que Desvenda Segredos do Envelhecimento

A catalana Maria Branyas, que faleceu em 2024 aos 117 anos, foi a pessoa mais idosa do mundo registrada. O estudo de seu DNA, liderado por Eloy Santos do Instituto de Pesquisa contra a Leucemia Josep Carreras, despertou grande interesse na comunidade científica, buscando entender os mecanismos que permitiram essa notável longevidade. A “superlongevidade” da senhora revelou uma idade biológica surpreendentemente jovem.

Descobertas Chave no Genoma de Branyas

Os pesquisadores descobriram que a idade biológica de Maria Branyas era até 20 anos menor do que sua idade cronológica. Análises do genoma revelaram tanto sinais de envelhecimento extremo, como o mau estado dos telômeros, quanto indícios de saúde de uma pessoa mais jovem, incluindo um sistema imune ativo e eficiente. O DNA da senhora combinava variantes genéticas benéficas da população europeia, oferecendo proteção contra doenças associadas ao envelhecimento, como as neurodegenerativas, cardiovasculares, metabólicas ou autoimunes.

Idade Biológica: Uma Medida Molecular

A idade biológica é estimada comparando o desgaste das células com tabelas de referência. Quando menor que a idade cronológica, indica um envelhecimento reduzido. A geriatra Daniela Lima de Souza Galati, do Einstein Hospital Israelita, explica que o envelhecimento mais lento pode ser resultado de fatores genéticos e do estilo de vida. A epigenética, que influencia a expressão dos genes, também desempenha um papel crucial.

Fatores que Influenciam a Longevidade

Vários fatores, como a qualidade da dieta e a exposição a toxinas, influenciam a ativação dos genes do envelhecimento. Um estilo de vida saudável, com foco em atividades físicas e redução de riscos, pode facilitar a expressão de genes benéficos. A médica orienta que buscar um equilíbrio para ter mais anos úteis de vida é fundamental.

Limites e Possibilidades da Descoberta

A geriatria trabalha com a ideia de um “tempo de vida saudável” (healthspan) em vez do tempo de vida total (lifespan). A pesquisa de Maria Branyas, embora valiosa, é um caso isolado. Os achados podem levar a novos biomarcadores do envelhecimento, mas precisam ser validados em populações maiores. A esperança é poder prever a proteção contra doenças ou a predisposição à longevidade prolongada, mas isso depende de estudos mais amplos.

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