O economista Marcos Lisboa alertou sobre um cenário preocupante na economia brasileira, caracterizado por um “equilíbrio” que, em vez de impulsionar o crescimento, o retarda. Segundo ele, o sucesso financeiro do país não depende da eficiência, da inovação ou da competitividade, mas sim de intervenções governamentais.
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Comparativo com Outros Países da América Latina
Lisboa comparou a situação do Brasil com a de outros países da América Latina, incluindo México, Argentina e, lamentavelmente, Venezuela, onde identificou uma “consistência (…) muito pervertida”. Ele argumenta que o modelo econômico brasileiro se baseia em benefícios e protecionismos, em vez de práticas que promovam a produtividade.
Crítica à Intervenção Estatal
O economista refuta a ideia de que o Estado deve atuar como um mero incentivador e protetor das empresas, através de subsídios e regimes tributários especiais. Ele afirma que essa abordagem não gera produtividade, mas sim perpetua um ciclo de dependência e ineficiência.
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Distorções e Privilégios
Lisboa destaca que o setor privado, influenciado por esse “equilíbrio”, prioriza o lucro através de privilégios e a busca por isenções fiscais. Ele menciona exemplos como a defesa de isenções de impostos para setores específicos, como igrejas e clubes de futebol, e a busca por regimes tributários diferenciados.
Exemplo da Pandemia
O economista utiliza a continuidade de medidas de proteção ao setor de eventos após o fim da pandemia de Covid-19 como um exemplo da distorção na economia brasileira. O programa “WW Especial”, criado em 2021 para proteger esse setor, exemplifica a persistência de intervenções governamentais desnecessárias.
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Conclusão: Desafios para o Crescimento
Marcos Lisboa enfatiza que o problema não se limita ao empresariado, mas também à crença de que a sociedade defende e sustenta esse sistema de privilégios. Ele aponta para a necessidade de uma mudança de paradigma, com foco em políticas que promovam a competitividade, a inovação e o crescimento econômico sustentável.
