Intoxicações por Metanol: Alerta e Casos em Crescimento no Brasil

São Paulo, 4 de Outubro de 2025

– A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou a 2ª morte relacionada à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas, elevando o número de casos confirmados no estado. A morte de Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, ocorrida na 5ª feira (2.out.2025) após três dias de internação em estado grave, reacende o alerta sobre a adulteração de produtos alcoólicos.

Casos em Ascensão

O Ministério da Saúde reportou, nesta sábado (4.out.2025), um total de 195 casos de intoxicação por metanol em todo o Brasil. São Paulo lidera o ranking com 162 registros, incluindo 14 confirmados e 148 em investigação. Outros estados também registraram casos, como Pernambuco (11), Mato Grosso do Sul (5), Paraná (3), Bahia (2), Goiás (2), Rio Grande do Sul (2), Distrito Federal (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Rondônia (1), Piauí (1), Rio de Janeiro (1) e Paraíba (1).

Investigação e Resposta

A investigação sobre a origem das bebidas adulteradas continua, com foco na Zona Sul de São Paulo e em São Bernardo do Campo, onde foram encontradas as principais vítimas consumindo gin, vodca e whisky. O Ministério da Saúde orienta que todos os estados e municípios notifiquem imediatamente qualquer suspeita de intoxicação por metanol, fortalecendo a vigilância epidemiológica.

Medidas de Combate

Para combater a crise, foram anunciadas medidas urgentes, incluindo a compra de 2.500 unidades do medicamento fomepizol, utilizado como antídoto, e 12.000 novas ampolas do etanol farmacêutico, provenientes de fornecedores no Japão e empresas brasileiras. A compra se soma a 4.300 ampolas já adquiridas.

O Perigo do Metanol

O metanol, também conhecido como álcool metílico, é uma substância tóxica que pode ser encontrada em diversas aplicações industriais e produtos de consumo, como anticongelantes e limpa-vidros. A ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode causar danos irreversíveis, incluindo cegueira.

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Prevenção e Recomendações

A população é orientada a verificar a procedência das bebidas adquiridas, desconfiar de preços abaixo do mercado e não consumir produtos sem registro oficial. A fiscalização rigorosa de órgãos governamentais e as análises laboratoriais periódicas são essenciais para garantir a qualidade dos produtos e conscientizar a população sobre os riscos. Em caso de suspeita de intoxicação, procure atendimento médico imediatamente.